Artista se apresenta na Casa Natura Musical, em São Paulo, nesta quinta, 7, ao lado do Aeromoças e Tenistas Russas
Nesta quinta, 7, a Casa Natura Musical, em São Paulo, será palco do encontro entre o grupo instrumental Aeromoças e Tenistas Russas e o cantor Jaloo. Para aquecer para o show, que acontece a partir de 20h como parte do projeto Frequência, os artistas brincaram de repórteres por um dia: o ATR entrevistou o Jaloo, que por sua vez mandou perguntas para o pessoal do ATR. Na conversa, descobrimos que a performance será cheia de material inédito e para que lado Jaloo caminhará no próximo disco. Veja o bate-papo abaixo.
ATR entrevista Jaloo
Como é o seu processo de composição?
Eu já tive vários, mas atualmente ele se aplica ao workhome virtual. Todas as músicas que fiz até hoje foram feitas no virtual. Elas não foram tocadas, foram desenhadas. E a melodia do vocal quase sempre era o que aparecia antes. Às vezes, um acorde aparece antes também. Ando mais preocupado com a melodia do que com qualquer coisa. Só depois eu penso em harmonia, linha de baixo ou qualquer coisa do tipo.
Quando sai o segundo disco?
Sai no primeiro semestre de 2018. Já estou em processo de pré-produção e espero lançar uma ou duas músicas ainda nesse ano.
Como foi a decisão de mudar para São Paulo
A decisão de morar em São Paulo não existiu, não no sentido de “eu tenho que morar em São Paulo”. Recebi um convite para trabalhar aqui e era em uma gravadora, para atuar como produtor musical. Eu que já era dessa área de áudio, mudei e não voltei mais.
O que não pode faltar na sua playlist?
O que não pode faltar na minha playlist atualmente é polêmica (risos). E Lana Del Rey.
Nos sintetizadores: timbres oitentistas ou noventistas?
JALOO - Olha, o primeiro disco tem um bocado de oitentista, principalmente em “Ah! Dor!” e “Pa Parará”, que também tem umas coisas meio de videogame. Só que agora estou mergulhando de cabeça na noventeira. A era 1990 chega para todas. Beijo e até o show!
Jaloo entrevista Aeromoças e tenistas russas
O pessoal gosta muito de catalogar o que a gente cria, né? Dizem que meu som é regional e psicodélico, por exemplo. O que a imprensa costuma falar do som de vocês? Vocês costumam curtir?
É difícil essa rotulação, mas parece que as pessoas têm necessidade disso, né? Também usam o termo psicodélico para a gente, igual para você, mas como passamos por várias fases, já foi utilizado desde world music e rock progressivo até música brasileira. Agora é eletrônico. Atualmente, estamos gostando do que estão dizendo por aí. Acreditamos que essa fase é mais voltada a timbres eletrônicos, mesmo, explorando todo esse universo para o qual ainda não achamos uma definição exata.
O live de vocês já passou por muitas mudanças? O que atualmente rola e ouviremos nesta quinta, 7?
Já tivemos sax, ao vivo, depois ficamos só com a guitarra, bateria, baixo, teclado e fizemos o Positrônico (2015), que era mais rock. Agora mudamos bastante e tocamos com três sintetizadores, bateria eletrônica e bases sincadas. O show atual é quase totalmente dessa nova fase, com músicas dentro desse universo que ainda nem foram lançadas. Ou seja, o público verá muita coisa inédita!
Como é pra vocês trabalhar com vocalistas? Já soube do trampo com a Liniker e Tassia Reis, por exemplo. Me conta da lista de colaborações e da sinergia nos ensaios/estúdio.
Trabalhar com Liniker e Os Caramelows e a Tássia Reis nos deu uma força muito grande para nos repensar como instrumentistas, além de nos forçar a pensar em arranjos que tivessem espaço para voz. Com a Tássia, tiramos as músicas e fizemos versões das bases dela e, de primeira, rolou uma conexão incrível, que se transformou em alguns shows. Com a Liniker entramos para compor, fizemos ensaios de produção e até cortamos parte da letra dentro da nossa sugestão! Foi um desafio delicioso, estamos querendo fazer cada vez mais. Também já fizemos com Linn da Quebrada, Zé Vito, Billy Philgrim (EUA) e Sara Donato. Aliás, fica aqui o convite pra você!