Cantor é 2º intérprete escolhido para homenagem, que até 2007 só se destinava a compositores
Ney Matogrosso se juntará a Tom Jobim, Chico Buarque e Rita Lee no rol de vencedores do Prêmio Shell de Música. A assessoria da Shell anunciou nesta terça, 28, o nome do ex-integrante do Secos & Molhados como o eleito de 2009 pelo júri composto pelos jornalistas Antônio Carlos Miguel, Tárik de Souza e Marcus Preto, os produtores Bruno Levinson e Liminha, e os músicos Roberta Sá e Léo Gandelman.
Ainda não há previsão de data para a entrega do prêmio, que será realizada com show no Rio de Janeiro. Além de troféu, o artista sai com a conta bancária mais parruda: são R$ 15 mil oferecidos ao vencedor.
Há dois anos, Matogrosso não seria elegível para o prêmio. Isso porque, até 2007, apenas compositores estavam aptos a receber a homenagem. A regra foi alterada no ano passado, quando intérpretes se tornaram possíveis candidatos - a manobra permitiu a condecoração de Maria Bethânia.
O primeiro laureado pela empresa petrolífera foi o compositor Pixinguinha, em 1981. Ao longo das 28 edições do Prêmio Shell de Música, também saíram vitoriosos Dorival Caymmi (1983), Caetano Veloso (1989), Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1997) e Tom Zé (2007).
"Escolhemos o Ney pela sua atemporalidade e forma como trabalha com diferentes estilos musicais. Ele pode ser considerado um cantor-produtor devido à cuidadosa escolha do repertório que interpreta e dos músicos que o acompanham, além de trazer à cena novos compositores", disse Roberta Sá, segundo comunicado da companhia.
Matogrosso emplacou disco ( Inclassificáveis) e a música ("Lema") na lista dos melhores de 2008 da Rolling Stone Brasil. Clique aqui para ler a entrevista com o cantor publicada na edição de maio do ano passado.