Banda abriu o palco Mundo neste domingo, 25, e se destacou com covers do Pantera
Às 19h, um grito gutural do vocalista Mi, do Gloria, anunciou, de forma bastante simbólica, de que estavam oficialmente abertos os trabalhos no palco Mundo neste domingo, 25, dia dedicado às atrações de som mais pesado. Se a palavra de ordem para o “dress code” no último sábado, 24, era impermeável, nesta data, como não poderia deixar de ser, impera o preto. O público do heavy metal, sempre fiel e mobilizado, veio em peso no festival. Porém, boa parte dele quis deixar claro que não está presente para ver a atração nacional escalada para começar as atividades do palco principal.
O Gloria fez um show curto, com apenas 40 minutos, sendo que 50 estavam previstos. Entre uma faixa e outra, era possível ouvir diversos setores da plateia vaiando e dirigindo xingamentos ao grupo, que optou por não comprar a briga. O vocalista Mi agradeceu àqueles que foram ver o show do Gloria e a oportunidade de tocar do Rock in Rio e falou diversas vezes de estar feliz de estar ali.
Um momento em que o público se demonstrou menos hostil foi durante a execução de “Domination” e “Walk”, covers do Pantera (“uma das maiores bandas de metal do mundo, queremos fazer essa homenagem”, disse Mi). Outra ocasião em que os aplausos encobriram o som de qualquer vaia foi durante o impressionante solo do baterista Eloy Casagrande.
O grupo ainda sofreu com mais uma desvantagem. Os atrasos no palco Sunset fizeram com que o Gloria concorresse com o show do Sepultura, uma das bandas mais queridas do metal nacional, que se apresentava junto ao Tambours Du Bronx ao mesmo tempo.
“É Tudo Meu”, “Vai Pagar Caro Por Me Conhecer”, “Agora É Minha Vez”, “Bicho do Mato” e “Anemia” foram algumas das outras faixas tocadas pelo Gloria.