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Noite musical no É Tudo Verdade

Waldick Soriano, Wilson Simonal e Joy Division dão o tom na última sexta-feira de festival

Da redação Publicado em 04/04/2008, às 08h43 - Atualizado às 17h27

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Ex-companheiros de banda de Ian Curtis falam sobre a trajetória do Joy Division - Divulgação
Ex-companheiros de banda de Ian Curtis falam sobre a trajetória do Joy Division - Divulgação

Documentários sobre personalidades musicais ou relacionados à música sempre marcam presença no É Tudo Verdade. Nomes como Philip Glass, Buena Vista Social Club e Caetano Veloso já ganharam as telonas da 13ª edição da mostra. Nesta sexta-feira, 4, a partir das 19h, tem mais música: o romantismo de Waldick Soriano, o samba de Wilson Simonal e os ares soturnos da banda inglesa Joy Division. Os três filmes são exibidos no Cinesesc, em São Paulo.

Entenda o É Tudo Verdade aqui.

Waldick, Sempre no Meu Coração abre a noite, registrando a estréia da atriz Patrícia Pillar na direção. Fã declarada, Pillar conta em cerca de uma hora a história do cantor que saiu do sertão baiano para se tornar compositor de mais de 700 músicas, entre elas letras conhecidas e regravadas, como "Eu Não Sou Cachorro Não". Taxado de "brega" ou "cantor de fossa" por alguns, Waldick tornou-se um grande ídolo nas décadas de 60 e 70, depois de ter trabalhado como lavrador e engraxate. No ano passado, foi lançado um DVD com um show gravado em Fortaleza, também dirigido pela atriz.

Às 21h, é a vez de Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei narrar a trajetória do cantor negro que ganhou destaque na época da Jovem Guarda, quando isso era exceção. Chegou a "competir" com Roberto Carlos, símbolo máximo do estrelismo pop da época. Wilson Simonal (1939-2000) acompanhou a seleção brasileira na copa de 1970, quando o time ganhou o tri, tempo em que pairavam as censuras da ditadura. Foi nesse período que Simonal ganhou o o título de "traidor", acusado de delatar conhecidos para os militares. Os diretores Cláudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal contam, em 84 minutos, a história do auge e da decadência do cantor.

Para fechar, o diretor Grant Gee vasculha o mito que envolve o Joy Division, conversando com Bernard Summer, Stephen Morris, Peter Hook (ex-integrantes do grupo, que formaram o New Order após o suicídio do vocalista Ian Curtis, em 1980) e outras personalidades que tiveram algum tipo de ligação com a banda. Leia aqui entrevista que o diretor concedeu à RS Brasil. O documentário homônimo ao grupo sai pouco tempo depois da cinebiografia Control, de Anton Corbijn, que foca a vida de Curtis, morto aos 23 anos.

As entradas são gratuitas. Para retirar o ingresso, é preciso chegar ao local com no mínimo uma hora de antecedência.

Cinesesc

19h - Waldick, Sempre no Meu Coração

21h - Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei

23h - Joy Division

Rua Augusta, 2075 - Jardins, SP

Informações: (11) 3087-0500