Rapper fez show empolgado com faixas inéditas e interagiu com público via Twitter
A edição brasileira de 2011 do Creators Project, evento internacional que mistura arte e tecnologia, fruto da parceria entre a fabricante de microprocessadores Intel e a revista Vice, se encerrou neste domingo, 31, com show do rapper Emicida, após três dias de evento no Pavilhão da Bienal, em São Paulo.
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Em um espaço maior que o do ano passado (quando o Creators foi organizado na Galeria Baró, também na capital paulista), o público pôde interagir com quatro instalações: Life On Mars Revisited, por David Bowie, Mick Rock e Barney Clay, Precious Cube, por United Visual Artists, Natures, por Quayola, e Piso, por Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti. O destaque ficou para a peça relacionada a Bowie, que era uma espécie de cubo no qual, ao adentrar, o visitante se deparava com quatro grandes telões (as próprias laterais internas do quadrado) nos quais era projetada uma versão experimental do clássico clipe de "Life On Mars?" (faixa do álbum Hunky Dory, de 1973).
O Creators Project contou ainda, nos demais dias, com diversas conferências discutindo tecnologia e criação dentro das artes visuais, cinema e música, além de exibição de filmes. Entre as atrações musicais, marcaram presença a banda Chairlift e o Database, que realizou um DJ set. No domingo, 31, o grande nome a se apresentar ao público foi Emicida, em show de lançamento de seu novo EP, DooZicaBraba e a Revolução Silenciosa, elaborado junto aos produtores nova-iorquinos Beatnick & K-Salaam, que também participaram do show.
Apesar da péssima qualidade do som, Emicida empolgou o público de convidados com faixas como "Rua Augusta", "A Cada Vento", "I Love Quebrada", "E.M.I.C.I.D.A.", "Vacilão" e "Triunfo". Além das canções já conhecidas, ele incluiu no repertório as músicas inéditas de DooZicaBraba e a Revolução Silenciosa: "Cacariacô", "Canção Para Meus Amigos Mortos", "Pequenas Empresas", "Zica, Vai Lá", "1989", "Num É Só Ver", "Viva" e "Licença Aqui". No time das participações especiais a subir ao palco junto ao rapper, estiveram, além dos já citados Beatnick e K-Salaam, as cantoras Fabiana Cozza e Paola Lucio, MC Rael da Rima, Evandro Fióti e Dom Pixote. A apresentação teve início às 21h45 (com 45 minutos de atraso) e foi encerrada às 22h55.
Quando o show parecia ter terminado, Emicida retornou ao palco para aquele que seria um dos pontos altos da noite - um freestyle baseado em palavras enviadas pelo público por meio do Twitter, com a hashtag #emicidacreators. Era "simples": o rapper lia e versava na sequência, utilizando uma toca que conectava seus impulsos cerebrais a um computador (a animação gerada será usada no próximo clipe dele, segundo a organização do evento). As palavras iam aparecendo no telão para que a plateia acompanhasse a atuação dele (e por palavras, entenda de "profiteroles" a "Deus"). A performance foi empolgante e arrancou coro do público. Foram cerca de 150 tweets por minuto e mais ou menos 30 rimas no mesmo período.
Os fãs que tiverem interesse em ouvir o novo EP do rapper, podem baixá-lo gratuitamente no site oficial do Creators Project..