Em Grey, a britânica E.L. James escreve a mesma trama pela perspectiva do personagem Christian Grey
Grey, a mais recente obra da escritora britânica E.L. James, criadora do fenômeno de vendas Cinquenta Tons de Cinza, tem se saído tão bem-sucedida quanto os livros que a inspiraram.
Em apenas quatro dias desde o lançamento, em 18 de junho, foram vendidos só nos Estados Unidos 1,1 milhão de exemplares da história contada pelo ponto de vista do personagem Christian Grey. Christian é o par romântico de Anastasia Steele, protagonista e narradora dos três livros da saga Cinquenta Tons de Cinza.
Apesar dos números estratosféricos, as críticas do lançamento não são tão positivas. Para o jornal britânico Daily Mail, por exemplo, Grey repete o mesmo enredo dos antecessores, visão compartilhada por alguns leitores.
E.L. James disse ter escrito a nova edição diante de inúmeros pedidos de fãs. "Christian é um personagem complexo e os leitores são fascinados pelos desejos, motivações e pelo passado conturbado dele. Além disso, como qualquer um sabe, há sempre dois lados para cada história", afirmou ela.
A trilogia Cinquenta Tons já vendeu mais de 125 milhões de cópias em todo o mundo e gerou um filme de sucesso da Universal Pictures, estrelado por Jamie Dornan e Dakota Johnson. Cinquenta Tons Mais Escuros, o segundo longa-metragem baseado na trama literária da escritora inglesa, é esperado em fevereiro de 2017.
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50 Tons mais Escuros
Em entrevista ao site da revista The Hollywood Reporter, Donna Langley, presidente da Universal Pictures, revelou que a continuação de Cinquenta Tons de Cinza “será um suspense”. Não foram revelados mais detalhes sobre o enredo, mas, no livro Cinquenta Tons Mais Escuros, vive-se momentos de tensão envolvendo o protagonista Christian Grey.
Não será fácil superar o trabalho de estreia, um sucesso mundial que arrecadou mais de US$ 500 milhões (cerca de R$ 1,5 bilhão) e registrou a melhor bilheteria de estreia de um trabalho dirigido por uma mulher nos Estados Unidos, o recorde de venda de ingressos pela internet no país e o recorde de arrecadação de uma obra de recomendação etária adulta no exterior. A marca antes era pertencente a Matrix Revolutions.
Exibição de Cinquenta Tons de Cinza é proibida no Quênia.
O próximo filme sofrerá alterações na equipe. A diretora Sam Taylor-Johnson, por exemplo, não continuará no cargo por divergências com E.L. James. A autora não teria ficado satisfeita com o resultado final. Segundo Donna Langley, contudo, “o produto final é exatamente o que o estúdio e eu queríamos fazer e o que nossa diretora queria fazer”.
Além disso, Kelly Marcel não será mais roteirista e Niall Leonard, marido de E.L. James, fará parte da equipe que escreverá o longa. “Ele [Leonard] fez uma contribuição não creditada, no primeiro filme, e fez um trabalho muito bom”, disse a presidente da Universal.