Amazon e Google buscam tirar a gigante sueca do trono dos serviços de música por streaming
A versão gratuita do Spotify é, ao mesmo tempo, a maior vantagem e também um dos pontos mais controversos que envolvem a empresa sueca.
Mas, convenhamos, isso só existe porque vivemos em uma época na qual o YouTube e a pirataria oferecem músicas gratuitas, com um catálogo também quase que ilimitada. Dessa forma, o serviço de streaming precisa conseguir oferecer o mesmo nível de conveniência e facilidade sem custo para sobreviver.
Além disso, existe o fato de que as gravadoras, apesar de seu aparente ódio ao conceito de música gratuita, continuam a licenciar artistas no Spotify. E por que? Simples: aproximadamente 60% dos assinantes da plataforma começaram a usá-la em sua versão gratuita, para depois decidir pagar pelo serviço.
Mas independentemente se for em sua versão livre de custos, ou a opção Premium, a supremacia do aplicativo pode sofrer uma enorme perda de público em um futuro não tão distante.
A vantagem que a plataforma tem de disponibilizar o produtor de forma gratuita, com a condição de ter que ouvir algumas propagandas, pode deixar de ser a carta na manga que os torna vitoriosos. E se você pudesse ouvir tudo aquilo, sem pagar nada, e sem anúncios?
E é exatamente nisso que a Amazon e o Google têm investido para tirar o Spotify do trono. As duas gigantes do mundo da tecnologia lançaram recentemente, nos Estados Unidos, aplicativos, que podem decretar o fim do famoso Freemium.
Apesar de essas apostas ainda se encontrarem em um estágio inicial, apresentam grande potencial, por eliminarem a inconveniência que o Spotify aplica aos que não querem pagar. Mas isso não significa que estão elas mesmas livres de suas próprias inconveniências:
O catálogo de músicas apresentado ainda é bem restrito, e além disso, os aplicativos não funcionam em dispositivos touch screen, só quando sincronizados a um aparelho de assitência virtual que responde por comandos de voz, como a Alexa e o Echo (no caso da Amazon) e o Google Home. Outro porém: você só consegue pedir por "rádios" e seleções de faixa, e não por uma canção em específico.
Tudo isso parece colocar esses novos investimentos anos luz atrás do Spotify, mas se pensarmos na velocidade com que a tecnologia evolui hoje em dia, podemos concluir que na verdade não, e que a plataforma de música digital mais popular da atualidade pode estar com seus dias contados.