Há exatos 53 anos, o vocalista dos Rolling Stones participou de uma marcha em Londres, e o momento inspirou uma faixa marcante da história da banda
Em 17 de março de 1968, Mick Jagger se juntou a uma manifestação na Grosvenor Square, em Londres, para protestar contra a Guerra do Vietnã - e o momento resultou em uma grande música dos Rolling Stones: "Street Fighting Man."
No ano de 1968, aconteciam diversos protestos ao redor do mundo, principalmente contrários à Gerra do Vietnã e a favor das liberdades civis. Foi nessa época também que o rock ‘n’ roll se consolidou, mais do que nunca, como um estilo de vida, segundo o Independent. O estilo era um meio, cujos jovens se identificavam, para reivindicar a mudança no mundo.
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Mick Jagger, na época com 24 anos, juntou-se ao grupo estimado de 25 mil pessoas em Londres para pedir justiça - e apesar de deixar o protesto antes que ele chegue à embaixada, inspirou-se para criar uma grande música.
Apesar de a participação de Jagger no protesto ser considerada por muitos um grande momento para a história da música e da política, o acontecimento é encarado com mais ceticismo por alguns. O jornalista Barry Miles encontrou o músico na marcha, e disse (via Independent) que o Jagger “não tinha uma leitura política” na época.
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"Ele estava lá porque se sentia zangado e rebelde, mas não tinha como formular isso, dar a esse sentimento qualquer estrutura e, de certa forma, ele estava procurando por algo contra o qual podia se rebelar. Não penso que ele tivesse uma política cuidadosamente elaborada contra o Vietnã; quero dizer, ele tinha um ultraje moral contra a guerra e isso era tudo," explicou.
Miles também argumentou que Jagger parecia ter, principalmente, uma “leitura artística” da situação: “Foi algo que deu adrenalina e permitiu criar [uma música] (...) Para ele, foi simplesmente perfeito, foi uma injeção de adrenalina e o tema de uma música.”
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No livro O sol & a lua & os Rolling Stones: Uma biografia, Rich Cohen também explicou que a participação de Jagger na manifestação não representava um lado revolucionário do artista, mas o lado artístico de alguém em êxtase - e isso foi registrado em “Street Fighting Man”.
“Para Mick, esse flerte com a dissidência era uma anomalia, um momento de engajamento pontuando uma vida apolítica. Uma estrela do rock é uma figura do status quo. Ela não quer luta, e sim a aura dela. ‘Street Fighting Man’ não é sobre revolução - é sobre limites. Onde quer que Jagger fosse naquele dia, a mensagem mudava de 'Estados Unidos fora do Vietnã!' para 'É o Mick!'. A letra registra essa realidade com um dar de ombros: ‘O que um pobre garoto pode fazer, exceto cantar em uma banda de rock ’n’ roll?’”
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Pelo conteúdo da letra, a canção foi censurada das rádios na época do lançamento - algo que apenas aumentou a popularidade dos versos de Mick Jagger: “Todo lugar eu ouço o som, de pés marchando, rapaz/ Pois o verão chegou e a hora é essa para lutar nas ruas, rapaz/ Mas o quê que um pobre rapaz pode fazer/ Exceto cantar em uma banda de rock ‘n’ roll/ Porque na cidade sonolenta de Londres/ Não há lugar para um lutador nas ruas!”
Apesar dos questionamentos e análises sobre a música e a participação de Jagger no protesto, uma coisa é evidente: “Street Fighting Man” é uma música icônica. Considerada o hit “mais político” da banda, a canção foi listada pela Rolling Stone como uma das 500 melhores canções da história. Além disso, para Bruce Sprinsgteen, a música tem um dos maiores versos do rock.
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O rock ‘n’ roll abalou o mundo da música e trouxe uma oportunidade para os músicos que procuravam um meio mais agressivo e despretensioso para se expressar. E, desde os primórdios do gênero musical, diversas bandas conquistaram fãs ao redor do mundo com canções espetaculares e atitudes provocativas.
Contudo, segundo a Cleveland, o conceito de estrela do rock mudou ao longo dos anos e é preciso deixar o antigo estereótipo de lado para reconhecer o trabalho de novas gerações de músicos, os quais estão dispostos a dar continuidade a história do rock.
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Por isso, o site separou as melhores bandas de cada ano, desde 1969 até 2019. A lista foi feita considerando os números de vendas, conquistas, repercussão e qualidade de música dos artistas. Confira:
1969 - The Beatles
1970 - Led Zeppelin
1971 - Led Zeppelin
1972 - The Rolling Stones
1973 - Pink Floyd
1974 - The Band
1975 - Led Zeppelin
1976 - Queen
1977 - Fleetwood Mac
1978 - The Rolling Stones
1979 - The Eagles
1980 - Pink Floyd
1981 - The Rolling Stones
1982 - The Clash
1983 - The Police
1984 - Talking Heads
1985 - The Cure
1986 - R.E.M.
1987- U2
1988 - Guns N’ Roses
1989 - Guns N’ Roses
1990 - Pixies
1991 - Metallica
1992 - Nirvana
1993 - Pearl Jam
1994 - Green Day
1995 - Oasis
1996 - Smashing Pumpkins
1997 - Radiohead
1998 - Beastie Boys
1999 - Rage Against the Machine
2000 - Radiohead
2001 - Linkin Park
2002 - System of a Down
2003 - The White Stripes
2004 - Green Day
2005 - The Killers
2006 - Fall Out Boy
2007 - Foo Fighters
2008 - Coldplay
2009 - Paramore
2010 - Arcade Fire
2011 - Foo Fighters
2012 - The Black Keys
2013 - Vampire Weekend
2014 - Arctic Monkeys
2015 - Alabama Shakes
2016 - The 1975
2017 - Twenty One Pilots
2018 - Panic! at the Disco
2019 - Queen