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O que o Green Day queria alcançar com Dookie?

Disco foi o responsável por levar Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool ao estrelato e o punk ao mainstream

Redação Publicado em 04/08/2019, às 12h00

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Billie Joe em show de Dookie em 1994 e capa do disco (Foto 1: Cortesia Rob Carvalho e Foto 2: Reprodução)
Billie Joe em show de Dookie em 1994 e capa do disco (Foto 1: Cortesia Rob Carvalho e Foto 2: Reprodução)

Dookie, do Green Day, lançou a banda ao destaque o trouxe de novo o punk ao mainstream. Em pleno 1994, 25 anos atrás, foi reconhecido por diversas publicações (inclusive a Rolling Stone) como um dos melhores discos daquele ano, e consta na lista de Álbuns Definitivos do Hall da Fama do Rock. 

Billie Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt entravam na vida adulta com seus quase vinte anos - e todas as dúvidas que vêm nessa fase. Mas, deixando a adolescência e trabalhando pela primeira vez com uma grande gravadora, o que procuravam exatamente com as gravações de clássicos como “Longview”, “Basketcase” e “She”? Segundo o frontman, chamar atenção, honrar o estilo da música e fazer (muito) barulho. 

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“Eu acho que a guitarra nas músicas doDookieé bem pesada”, disse Billie Joe ao MXR na última semana. “Crescemos ouvindo Ramones e Husker Du e Sex Pistols… E foi algo que ficou comigo, sempre procurei um bom tom e tentei alcançar o ápice de um som rock n roll. E se tenho algo a prestar atenção em Dookie, diria que é um som específico nos versos, mas aí queríamos mais poder e aumentamos tudo.”

Para o guitarrista e vocalista, a faixa mais representativa do álbum é “She”, composta para sua agora esposa Adrienne Armstrong e presente em setlists ainda este ano. “Em músicas como essa, você pode ouvir [o poder], quando o verso segue e aí entra no refrão com aquela guitarra superpesada com distorções no meio. Queríamos ir de alto para mais alto ainda.”

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Em entrevista à Rolling Stone EUAna ocasião dos 20 anos de Dookie, Billie Joe falou sobre o momento de vida e reviravoltas que o trio vivia quando compôs o disco. "Tínhamos uma ideia bem clara do que queríamos fazer: “Eu vou tocar com minha guitarra ‘Blue’ [o primeiro instrumento de Armstrong, uma Fender Stratocaster que ele ganhou de presente de Natal aos 11 anos, vide a capa da matéria]. O Mike vai ter o melhor som de baixo. Eu quero usar um amplificador. É tudo o que a gente precisa”. E foi assim que acabamos fazendo o disco."

As letras das canções têm temas controversos - depressão, sexo, drogas, indignação. Também tentaram explorar o enfrentamento dos demônios internos que tinham à época de um modo subversivo e puxado ao punk. "Para mim, foi importante ter uma opinião – ser um indivíduo. Havia muita choradeira no rock naquela época. Nós somos extrovertidos por natureza, então foi isso o que apareceu nas músicas. Nós sabíamos que estamos entrando para um grupo de bandas das quais não gostávamos [risos]. Era importante para nós sermos nós mesmos, seja o que for, e ter uma atitude irresponsável sobre tudo. Foda-se – a vida é bem boba."

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Dookie é um dos queridinhos do Green Day, tanto para a banda como para a crítica e para o público. Comemorando os 25 anos do lançamento, os fãs pediram uma turnê especial da comemoração (como a de Blink-182 para Enema of the State), mas Billie Joe não confirmou um evento assim, e nem negou. 

“Sou grato pelo aniversário do grande D. Queríamos fazer algo especial mas não conseguimos pensar em nada. Talvez a gente acabe tocando o disco todo nas Pirâmides do Egito. Ou no Machu Picchu? Não sabemos ainda. Mas sem desespero: ainda vai demorar para 2019 terminar”, disse ao NME. 

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