Banda sofreu no início do show com problemas técnicos, mas ganhou a plateia com grupo feminino de violinos e carisma do vocalista Falcão
A diferença entre o volume do som no show do Cage the Elephant e na apresentação d’O Rappa era gritante. A apresentação da banda brasileira começou às 16h, alta (o oposto do grupo norte-americano), mas logo em seguida ocorreram falhas no microfone de Falcão. O problema foi corrigido rapidamente, para que a apresentação começasse com “Reza Vela”, “Meu Mundo É o Barro” e “Homem Amarelo”, que terminou com um coro de “cor da pele: foda-se”.
Falcão agradeceu diversas vezes por estar no palco do Lollapalooza, discursou sobre a necessidade de acabar com o preconceito racial e incentivou os gritos de “O Rappa” do público, que cantou todos os hits da banda (segundo Perry Farrell, vocalista do Jane’s Addiction e organizador do festival, sua preferida entre os artistas brasileiros do line-up).
O show contou ainda com a participação de um grupo feminino de violoncelos e violinos (apresentado por Falcão como As Raparigas), que embelezou faixas como “O Salto”, “Lado B Lado A” e “Minha Alma (Paz que Eu Não Quero)”.
O DJ Negrália é responsável por parte importante da apresentação, com scratches e outras intervenções. Ele também tocou “Killing in the Name” (Rage Against the Machine) e “Legalize It” (Peter Tosh) em intervalos.
Com o público ganho e show no meio da tarde, mas com peso e resposta do público como se fosse headliner, O Rappa terminou o show com a apropriada “Me Deixa”. Falcão deu um mosh no público, mostrando ao Lollapalooza que é um ótimo frontman.