Nona edição do evento anual decreta mistura entre a música erudita e a popular
A Mostra Internacional de Música de Olinda (MIMO), que acontecerá até o dia 9 de setembro nas diversas igrejas da cidade pernambucana (com alguns shows também em Recife e João Pessoa) teve sua abertura oficial nesta quarta-feira, 5. Assim como nas outras edições do evento, o show de abertura privilegiou a world music: no palco improvisado da Igreja da Sé, se apresentou Richard Bona (foto), baixista camaronês radicado na França, acompanhado do guitarrista francês Sylvain Luc e do percussionista brasileiro Marcos Suzano.
Apesar das dificuldades da língua – Bona se comunicou em francês, inglês e até mesmo em português ("falo português perfeitamente”, brincou) –. o entendimento musical do trio com a plateia foi perfeito. Em interação magistral com os companheiros de palco, o baixista tocou suavemente e cantou com uma voz doce em falsete em temas com vocais improvisados. O set list previsto de oito temas teve uma de suas metades alterada e deu uma cor local à performance, permitindo que o público cantasse junto. Bona cantou a intrincada valsa “Ramo de Delírios”, de Guinga e Aldir Blanc, dando o sinal para o que viria em seguida: “Asa Branca” e “Assum Preto”, de Luiz Gonzaga, e “A Felicidade”, de Tom Jobim, todas com total participação do público dedicado.
Antes, sozinho no “palco”, Bona já havia tocado um tema próprio, acompanhado de sua própria voz: ele a gravava e simultaneamente a mixava logo em seguida, gerando um impressionante efeito com total aceitação da plateia. No bis, mais uma música brasileira – “Cravo e Canela”, de Milton Nascimento, que fechou o belo show de abertura da festa que continua até o próximo domingo.
Veja a programação completa do MIMO site do festival.