Lançado em setembro deste ano, OBMJ Ataca traz seis faixas inéditas e três canções dos álbuns anteriores
Dez anos depois do início do projeto e após dois discos compostos por versões, a Orquestra Brasileira de Música Jamaicana optou por lançar um álbum de composições autorais. "As pessoas sempre perguntam sobre isso e uma banda precisa ter um disco autoral até por conta dp reconhecimento. Fazer um terceiro disco de versões não tinha mais sentido", explica o guitarrista e vocalista Sérgio Soffiatti, fundador do grupo ao lado do trompetista Felippe Pipeta.
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"Ter um registro completamente autoral facilita muito nossa vida para poder ceder música para trilha sonora de produções como cinema e televisão. A obra que produzimos pode tomar essa direção", diz ainda Soffiatti sobre OBMJ Ataca, trabalho disponibilizado para o público em setembro - nos formatos vinil e streaming.
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A OBMJ, segundo as próprias palavras do seu cocriador, atingiu o objetivo inicial de propagandear ska, rocksteady e música jamaicana dos anos 1960 e 1970 com os dois primeiros discos da banda.Volume I e Volume II são formados basicamente por regravações de clássicos da MPB em roupagem da ilha caribenha. "Sempre angariamos novos fãs que não conheciam o estilo e acabam indo no show, gostando e se interessando. Nosso público é cada vez mais variado", afirma Soffiatti.
"Queira ou não queira, a música jamaicana tem fãs e amantes no mundo inteiro. Em alguns momentos ela aparece mais, aqui no Brasil mesmo. Nos anos 1990 a gente teve o momento do Skank, Cidade Negra, que era pop com uma influência jamaicana bem presente. Natiruts, um momento mais forró e reggae nos anos 2000. Vem e vai por ser uma música que realmente bate sem sentir dor, como disse Bob Marley, que agrada criança, senhor. Ela traz uma vibração boa e tem seu lugar."
Ouça o disco:
OBMJ Ataca, nome inspirado no filme Marte Ataca, apresenta três faixas próprias dos álbuns anteriores remixadas e remasterizadas – "Ska Around the Nation", "Revolution Ska" e "Tupinambá" – e outras seis inéditas. Todas têm em comum o poder de levantar o ouvinte da cadeira.
Além das motivações citadas no início do texto, a paixão pelo som da Jamaica segue no DNA da metalizada orquestra de nove artistas neste álbum e vai seguir nos seguintes. Seja em trabalhos autorais ou em versões.