O astro de Coringa manteve a tradição que carregou consigo durante toda essa temporada de premiação, na qual usou os discursos de aceitação para abordar temas que merecem atenção mundial
Joaquin Phoenix repetiu o feito do Globo de Ouro e do BAFTA, e se consagrou na categoria de Melhor Ator também na cerimônia de 2020 do Oscar, realizada na noite deste domingo, 9, e começo da madrugada da segunda, 10.
Claramente nervoso (não necessariamente com a vitória, mas com tanto pensamento que corria pela cabeça dele), e com muitos assuntos sobre os quais gostaria de falar ali, o astro de Coringa usou o famigerado momento de aceitação da estatueta para discursar sobre uma grande variedade de temas que fazem parte do espectro de injustiça que precisam ser urgentemente combatidas.
Phoenix iniciou o discurso com a garantia de que não se sente em um patamar acima de nenhum dos outros indicados, nem ninguém presente na cerimônia.
E sobre o privilégio de estar presente nesse momento tão importante do cinema mundial, apontou a necessidade de "usar nossas vozes para os que não tem voz", com o objetivo de lutar contra injustiças, independente do objetivo da luta.
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"Nos tornamos muito desconectados do nosso mundo natural", comentou, antes de começar a falar, inclusive, sobre crueldade animal, e como os seres humanos se consideram superiores a ponto de se acharem no direito de realizar uma inseminação artificial em uma vaca, depois separar ela da cria, "apesar dos gritos claros de desespero", e ainda ordenhá-la, para colocar o leite dela nos cafés e cereais matinais.
Apesar de apontar tantos erros, ele mesmo admite já ter sido egoísta e cruel, mas é grato por sempre terem dado a ele uma segunda chance, e ressaltou que é nesse momento de acolhimento que o ser humano se mostra em sua melhor forma. Em outras palavras: "quando não nos cancelamos por erros passados".
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