Filmes como o espanhol Saturn Return e o argelino Algiers foram selecionados por seus respectivos países para representá-los na premiação
O filme Saturn Return, do aclamado diretor Isaki Lacuesta, foi escolhido para representar a Espanha na corrida pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2025. A obra, que conquistou os prêmios de Melhor Filme Espanhol e Melhor Diretor no Festival de Málaga em março, se destaca por sua abordagem inovadora ao subverter constantemente as expectativas do público com personagens que não conseguem lembrar dos acontecimentos devido ao uso de drogas e álcool.
Inspirado na lendária banda indie rock espanhola Los Planetas, Saturn Return retrata o processo de criação de um álbum icônico nos anos 1990, enfrentando as adversidades das divisões internas da banda e os estados catatônicos frequentes dos membros. O filme é co-dirigido por Pol Rodríguez e co-escrito pelo renomado roteirista espanhol Fernando Navarro. Entre as produtoras envolvidas estão Ikiru Films, La Terraza Films, Áralan Films, Bteam Prods, Sideral Cinema e Los Ilusos Films, com distribuição da Bteam Pictures na Espanha. Veja abaixo outros países que já selecionaram seus representantes.
+++LEIA MAIS: Julianne Moore e Tilda Swinton poderão concorrer na mesma catgoria no Oscar?
O Egito escolheu o thriller Flight 404, dirigido por Hani Khalifa e estrelado por Mona Zaki, como seu representante para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2025. O filme aborda temas de empoderamento feminino através da história de Ghada, uma mulher egípcia prestes a embarcar para a peregrinação Hajj quando enfrenta uma emergência que a força a reconectar-se com pessoas sombrias de seu passado.
Produzido por Mohamed Hefzy e Shahinaz Al-Akkad, Flight 404 alcançou grande sucesso nas bilheterias do Egito e da Arábia Saudita.
A estreia em longa-metragem de Tom Nesher, Come Closer, foi selecionada para representar Israel no Oscar 2025. O drama pessoal acompanha Eden, uma jovem lidando com a perda trágica de seu irmão. A obra foi premiada em festivais como Tribeca e Jerusalém e venceu quatro prêmios Ophir, incluindo Melhor Filme.
Inspirado em eventos reais durante a Guerra Civil Argelina (1992-2002), o thriller sobre sequestro infantil Algiers, dirigido por Chakib Taleb-Bendiab, foi escolhido como a submissão da Argélia ao Oscar. A produção é uma coprodução entre Argélia, Tunísia, França e Canadá.
A Palestina escolheu From Ground Zero, uma antologia de 22 curtas filmados na Faixa de Gaza durante o conflito israelense-palestino, como sua entrada no Oscar. Idealizado por Rashid Masharawi, o projeto visa dar voz aos artistas deslocados internamente pela guerra.
O drama Life (Hayat), dirigido por Zeki Demirkubuz e vencedor do prêmio de melhor filme no festival Mediterrane de Malta, representará a Turquia no Oscar. A história segue Hicran, uma mulher que foge para Istambul para escapar de um casamento forçado.
O drama Baghdad Messi, dirigido por Sahim Omar Khalifa e ambientado na Bagdá de 2009, foi selecionado como a entrada do Iraque no Oscar. O filme segue um menino obcecado por futebol que sonha em ser como Lionel Messi até que perde uma perna em um tiroteio.
Dirigido por Min Bahadur Bham, Shambhala é o escolhido do Nepal para o Oscar. Ambientado em uma vila polígama nos Himalaias, o filme segue Pema em busca de autodescoberta após o desaparecimento de seu marido. A obra estreou na Berlinale e passou por festivais como Sydney e Locarno.