Guilherme de Pádua comentou sobre a repercussão do caso e os ataques que vem recebendo de religiosos
Após excluir suas redes sociais, com a promessa de jamais comentar novamente sobre Daniella Perez, Guilherme de Pádua falou sobre a nova onda de repercussão do caso, após o lançamento da série documental Pacto Brutal, produzida pela HBO Max. O documentário detalha a história de um dos crimes mais chocantes da história brasileira a partir dos autos do processo.
Na última terça-feira, 2 de agosto, Pádua publicou um vídeo de quase oito minutos comentando sobre o caso. No vídeo, o autor do crime pede perdão à família de Daniella Perez, e fala sobre os ataques que vem recebendo de cristãos e religiosos.
"Talvez eu nunca tenha uma oportunidade real de pedir perdão. Por isso, Glória Perez, eu te peço perdão por todo o sofrimento que te causei", desabafa Pádua. "Jamais esqueci daquele encontro na carceragem, nunca esqueci".
"Raul Gazolla, eu te peço perdão, nunca esqueci do dia que fui chamado na delegacia, você estava lá e se arrastou até mim, me abraçou chorando. Ali vi que era a pior pessoa do mundo”.
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Pádua abordou o porquê de ter demorado 30 anos para pedir desculpas aos familiares e entes de Daniella Perez, e sabe que certamente nunca será perdoado, mas que ele deveria deixar registrado.
“Muitas pessoas, inclusive algumas que se dizem cristãs, têm me julgado e declarado que não acreditam na minha conversão porque não viram um um vídeo meu com um pedido de perdão para a família, os amigos, as pessoas que fiz sofrer com o crime que cometi”, revelou o pastor.
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Não tiro a razão de quem duvida da minha conversão, até porque eu mesmo duvido muitas vezes da minha conversão. Não sou uma pessoa normal, é óbvio.
Pádua encerra o vídeo afirmando que não perdoaria o criminoso, se estivesse do outro lado da situação, e ainda fala sobre as tentativas de pedir perdão à Daniella Perez durante o tempo de cárcere. Confira o vídeo na íntegra:
Pacto Brutal mostra detalhes da tragédia que chocou o Brasil em 1992, quando Daniella Perez foi assassinada por Guilherme de Pádua, aos 22 anos. Tatiana Issa e Guto Barra são responsáveis pela direção do projeto.
O documetário ainda traz depoimentos de Glória Perez, mãe da artista, Raul Gazolla, viúvo de Daniella, Alexandre Frota, Maurício Mattar, Claudia Raia, Fábio Assunção, Cristiana Oliveira, Eri Johnson, a jornalista Glória Maria e uma participação especial de Roberto Carlos.