Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Pai de santo gay processa Porta dos Fundos e quer indenização de US$ 1 bilhão - mas isso já deu errado antes

Religioso afirma homofobia no especial de Natal para Netflix

Redação Publicado em 02/09/2020, às 16h04

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Fábio Porchat e Gregório Duvivier em A Primeira Tentação de Cristo (Foto: Reprodução)
Fábio Porchat e Gregório Duvivier em A Primeira Tentação de Cristo (Foto: Reprodução)

Alexandre Montecerrathe, líder do Ilê Asé Ofá de Prata, terreiro de umbanda, abriu um processo contra o Porta dos Fundos alegando danos morais. De acordo com O Globo, o pai de santo pediu uma indenização de R$ 1 bilhão e, também, a retirada de A Primeira Tentação de Cristo, especial de natal do portal para aNetflix

Montecerrathe achou ofensiva a maneira como o Porta dos Fundos retratou os gays na produção. Na história, Jesus (Gregório Duvivier) volta dos quarenta dias no deserto com um namorado vivido por Fábio Porchat

+++ LEIA MAIS: Igreja precisará pagar R$ 82 mil por tentar processar Netflix e Porta dos Fundos

“A produção mencionada traz o homossexualismo como uma chacota! Isso porque, não é o simples fato de trazer um personagem de Jesus homossexual que ofende, mas sim a forma como aquele homossexual se comportou, o que foi, nitidamente, descomedida e abusiva”, disse o religioso para O Globo.

Outros processos

Este não é o primeiro problema judicial que o especial de Natal do Porta dos Fundos enfrenta. Anselmo Ferreira de Melo da Costa e a igreja Templo Planeta do Senhor também processaram. A instituição pedia R$ 1 bilhão por “desrespeito à fé”.

+++ LEIA MAIS: Caetano Veloso riu do Especial de Natal do Porta dos Fundos e condena censura: ‘Não estamos no Irã’

Patrícia Conceição, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, porém, negou o pedido de Justiça gratuita do templo. Logo, a igreja preferiu retirar o processo - e precisou pagar R$ 82 mil de gastos tributários.

O pedido das igrejas (de São Paulo e Rio) que processaram o filme eram indenização e retirada do conteúdo do ar. Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal, negou. Afirmou que uma produção assim não devia ser capaz de abalar a fé.