Líder do Nirvana tentava se afastar de pessoas com ideias discriminatórias
Danny Goldberg, ex-empresário do Nirvana, se prepara para lançar Serving the Servant: Remembering Kurt Cobain, biografia na qual relembra a vida do líder do Nirvana.
Em entrevista à Forbes, Goldberg falou um pouco sobre alguns trechos do livro e da vida de Cobain, que morreu há quase 25 anos. Um dos assuntos discutidos foi o repúdio que o músico tinha à qualquer forma de discriminação, como racismo, homofobia e sexismo.
“No encarte de Incesticide[disco de 1992], [Kurt] disse explicitamente para pessoas que fossem sexistas, homofóbicas e racistas para se afastar. Ele mandou uma mensagem sobre comportamentos que eram tão ofensivos para ele que ele não queria se associar a eles”, explicou o ex-empresário.
A aversão que Kurt tinha em relação a esse tipo de atitude também se estendia para sua aceitação de bandas dos anos 1970 e 1980. “Ele ficava dividido. Ele gostava das músicas do Led Zeppelin e do AC/DC. Mas as letras não eram algo que o deixavam confortáveis pelos motivos que já citei. E isso é essencial para quem ele foi como artista”, disse Goldberg.
“Kurt se identificava com os valores culturais das comunidades punks, que não só se rebelavam contra [o ex-presidente] Reagan e questões sociais que irritavam as pessoas, mas também iam contra várias produções da indústria musical. [...] Ele amava as músicas de diversos artistas, mas culturalmente se identificava com um código moral, e isso era um dos motivos que fazia dele um artista tão emocionante de conhecer e trabalhar, e isso incluía uma verdadeira aversão a estereótipos e comportamentos machistas”, concluiu o empresário.