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Pato Fu comanda platéia potiguar com show de hits

Mineiros têm a maior e mais barulhenta platéia da segunda noite do MADA

Por Bruna Veloso, de Natal Publicado em 16/08/2008, às 17h19 - Atualizado em 21/08/2008, às 19h34

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Lobão atrasou e não agradou o público de Natal - Rogério Vital/Divulgação
Lobão atrasou e não agradou o público de Natal - Rogério Vital/Divulgação

O segundo dia do festival MADA foi do Pato Fu, penúltima banda desta sexta, 15. Fernanda Takai ganhou o público com o jeito simpático e músicas conhecidas. "Ando Meio Desligado" (Mutantes), "Eu" e "30000 Pés" são cantadas por uma grande parte da platéia potiguar, mas é em "Sobre o Tempo", do segundo disco da banda (Gol de Quem?, 1997) que o coro torna-se ensurdecedor: só perdeu em volume para o feito no show do Rappa, na noite de quinta.

Leia mais sobre o primeiro dia de MADA clicando aqui.

No palco, Fernanda e John são diferentes - ela, sempre calma; ele, elétrico. A vocalista só muda a postura ao final de "Made in Japan", usando óculos e uma tiara de chifrinhos vermelhos, enquanto sua voz, sob efeitos de distorção, soa irreconhecível nas caixas. Iluminada por uma luz vermelha, ela encerra sua interpretação com o grito de "mother fucker".

O público manteve o fôlego durante todo o show; até o segurança à frente do palco deixou a marra para se arriscar num "air bass". Quando Lobão subiu ao palco, com mais de uma hora de atraso, a platéia nem parecia a mesma. Fosse pela demora ou pelo cansaço, a massa não se empolgou, e o número de pessoas foi diminuindo gradativamente ao longo da apresentação, que terminou às 4h10.

Independentes

A primeira banda da noite foi também a menos inventiva: o pop rock sem originalidade do The Volta (RN) precedeu o bom trio potiguar Lunares. A banda fez sua estréia em um festival do porte do MADA, mostrando longos trechos instrumentais comandados pelo vocalista Rodrigo. Na guitarra ou violão, distorção e efeitos dão toques psicodélicos ao som do grupo. Os baianos do Subaquáticos também fizeram um show competente, com bateria pesada e influências sonoras do manguebeat.

Na tenda eletrônica, muita gente se apertou para assistir à performance da carismática Madame Mim. Ao som das batidas de eletro rock do DJ, a argentina não pára um minuto: sobe e deita na pesa, corre de um lado a outro no pequeno palco, vai para o meio do público e pede várias vezes para o técnico aumentar o volume das batidas. As letras não fazem o menor sentido ("Helado de Limon", que tem videoclipe na MTV, é um dos exemplos), mas o show é divertido.

No palco principal, a Síntese Modular apresentou rock dançante, som de gaita e efeitos eletrônicos, antes da chegada do paulista Curumin. Ele e os Aipins (Lucas Martins e Loco Sosa) se atrasaram por conta de problemas com o som. No decorrer do show, a platéia foi cedendo à música do trio, e muitos se animaram para dançar com a mistura de samba, dub, soul e funk: "samba mutante", como o próprio Curumin define.

Gabriel Thomaz, líder do Autoramas, comandou um ótimo show de rock. A platéia pulou diante de um dos nomes mais fortes da cena independente brasileira; muita gente cantou músicas como "Hotel Cervantes", "Fale Mal de Mim"e "Surtei".