“Se fosse justo com os artistas, nós estaríamos envolvidos”, disse ele sobre o site de streaming
Em uma entrevista de rádio na WGRD 97.9, após um show em Grand Rapids, Michigan, na semana passada, Patrick Carney, baterista do Black Keys expressou – em um comportamento típico de Patrick Carney – sua frustração contínua com o popular serviço de streaming de música Spotify (não disponível no Brasil).
“Se fosse justo com os artistas, nós estaríamos envolvidos”, Carney disse à estação. "No caso do Spotify se tornar algo pelo qual as pessoas estejam dispostas a pagar, tenho certeza que aí o iTunes vai criar o próprio serviço e que ele será de fato justo com os artistas."
Quando lhe perguntaram a respeito da declaração de Sean Parker, fundador do Napster e atualmente integrante do conselho do Spotify, de que em dois anos o Spotify estará gerando mais renda para a indústria musical do que o iTunes, Carney foi bem direto: “Aquele cara tem US$ 2 bilhões que ele ganhou descobrindo formas de roubar royalties dos artistas, essa que é a verdade. Não dá para confiar de verdade em alguém assim. Não sou totalmente contra a ideia de um serviço de streaming, como um Netflix da música. É só que não vamos colocar toda a nossa música lá até existirem assinantes o suficiente para que faça sentido."
A declaração de Carney não é exatamente uma surpresa para fãs do Black Keys que procuraram e não encontraram o disco mais recente da banda, El Camino, em serviços de streaming como o Spotify, Rdio, Rhapsody e MOG. Foi uma atitude planejada por Carney e seu colega de banda Dan Auerbach, que impediram tais serviços de terem acesso ao álbum por motivos financeiros, com Carney dizendo à VH1 que o Spotify é "pensado para ser mais justo com as gravadoras do que com os artistas”.