O músico também falou sobre a maneira negativa que a imprensa retratou o fim dos Beatles
*O texto a seguir contém spoilers de Yesterday*
Paul McCartney revelou que assistiu à Yesterday disfarçado e ainda sonha com John Lennon. Em uma entrevista ao Stephen Colbert no The Late Show, afirmou que revê o amigo e parceiro de Beatles em sonhos.
O músico foi ao cinema com a mulher, Nancy Shevell, entraram escondidos e sentaram na última fileira para assistir Yesterday, o filme dos Beatles sem os Beatles e que imagina o mundo sem a banda.
+++LEIA MAIS: Como fã roubou Paul McCartney e inspirou música dos Beatles?
"Foi bem divertido. Nós estávamos na fileira do fundo, e alguém no filme diz: 'Paul McCartney, o maior compositor da história'. Eu tive que rir. Foi bem legal. Queríamos ver o filme com as pessoas, não com os executivos do estúdio. Achei ótimo", contou McCartney.
Em uma das cenas do filme, John Lennon foi interpretado pelo ator Robert Carlyle, em um momento bem emocionante. Inclusive, é bem inesperado, porque o músico aparece com 78 anos, idade que Lennon teria nos dias atuais.
+++LEIA MAIS: Quais músicas dos Beatles John Lennon realmente achava 'um lixo'?
"Eu sonho com ele [John Lennon]. Quando você tem um relacionamento tão próximo e profundo com alguém, por tanto tempo, às vezes essa pessoa pode te visitar nos sonhos. Eu amo quando isso acontece", revelou o músico.
Ele continuou: "Eu frequentemente tenho sonhos musicais, e John está sempre lá... Tenho muitos sonhos como esses. Sempre são sonhos bons." McCartney contou que os dois eram bem próximos, porque compartilhavam um sentimento em comum, ambos perderam as mães muito cedo.
"Nós dois conhecíamos aquele sentimento. Eu nunca pensei que isso afetou minha música, até alguém me dizer que "Yesterday" poderia ser sobre a minha mãe. 'Por que ela teve que ir?/ Eu não sei/Ela não me disse'. Eu não escrevi com essa intenção, mas talvez seja", afirmou.
Por fim, PaulMcCartney comentou sobre uma foto ao lado de John Lennon e falou da maneira negativa em que a imprensa retratou o fim dos Beatles, como uma briga e o fim da amizade deles: "Eu comprei a ideia de que eu fui o 'vilão' da história. Tantos rumores circularam na época. Eu comecei a me questionar: 'Eu realmente conhecia John? Nós éramos amigos?'. Ver essa foto reafirma, para mim, que éramos sim. Era muito legal quando trabalhávamos junto.”