Quem preferiu longas pós-apocalípticos disse ser mais resiliente e mais bem preparado do que a maioria dos entrevistados
Nova pesquisa - ainda não revisada - indica como pessoas que gostam de filmes pós-apocalípticos lidam melhor com pandemias (via NME). Como sugere a pesquisa, esse tipo de produção ajuda o público a ser mais resiliente no caso de uma crise.
Em entrevista ao The Guardian, Coltan Scrivner, psicólogo especializado em curiosidade mórbida na Universidade de Chicago, disse: "Pelo preço de um pesadelo, uma noite, você pode aprender como é o mundo quando uma pandemia acontece".
Scrivner continuou: “Não é como se você estivesse pensando: 'É isso que eu farei quando alguém me perseguir', mas você está construindo um conhecimento que pode usar mais tarde, mesmo que esteja fora da sua consciência”. O psicólogo ainda falou como a tendência das pessoas em preferir filmes desse gênero é uma resposta ao jeito seguro que elas podem lidar ao ver situações caóticas na tela.
A pesquisa contou com 310 voluntários. Os entrevistados responderam sobre as preferências e histórico de filmes. Depois, eles explicaram o quão preparados se sentiam para enfrentar a pandemia e quais níveis de ansiedade, depressão, irritabilidade e insônia tinham com o coronavírus.
O resultado mostrou como pessoas que preferem filmes de terror estão menos angustiadas com a pandemia. Enquanto isso, aqueles que optam pelos longas pós-apocalípticos se dizem mais resilientes e mais bem preparados do que a maioria dos entrevistados.
Curiosamente, nove anos depois de estrear nos cinemas, o filme Contágio, de Steven Soderbergh, voltou a ser um dos 10 filmes mais buscados no iTunes em janeiro. Os números são consequência do surto de coronavírus.
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