"Joy Division mantinha a mística, a pureza e o coração intactos", disse o artista
Em entrevista ao Consequences Of Sound, Peter Hook, do Joy Division, comentou sobre o começo de carreira da banda e lamentou a morte de Ian Curtis - que completa 40 anos neste mês de maio.
"Joy Division mantinha a mística, a pureza e o coração intactos. Não fomos manchados pelo sucesso. A música não foi diluída e o dinheiro não mudou nada", falou Hook sobre o grupo.
O músico recorda como todos os integrantes do grupo eram "muito equilibrados e iguais", e todas as sugestões criativas eram importantes para a banda como um todo. No entanto, Hook destaca que Curtis era quem tinha a visão para os futuros caminhos do grupo.
"Ele sempre nos dizia: 'Sabe, quando chegarmos ao Brasil, quando chegarmos ao México, quando chegarmos à América, isso vai explodir pelas portas!'", disse Hook sobre o colega.
Hook enfatiza como o Joy Divison tem "uma história fantástica" e, por tudo o que ronda o grupo, ele tenta "não viver de acordo com o mito. Eu tento apenas tocar a música". Durante a entrevista, ele também recordou que o que mais o atinge é o fato de poucas pessoas terem conseguido ver a banda ao vivo.
Por isso, ele presta "homenagem às gravações". Quando o músico escuta as faixas, ele entra no "mundo do Joy Division".
"Não há o suficiente para ouvir com a Joy Division. Eu gostaria que tivéssemos feito mais. Se eu ganhasse dinheiro a cada vez que sentava com os rapazes quando saímos depois de um show e disesse: 'Oh meu Deus, eu gostaria que tivéssemos outras músicas para tocar'. É uma coisa muito, muito estranha", disse.
Hook completou: "Eu celebro a música e a vida de Ian. É muito importante para mim. Estou imensamente orgulhoso do fato de ter ido para o México e o Brasil, e sa América, e em todos os lugares que Ian Curtis queria que fossemos. O sucesso que ele queria que [o Joy Division] tivesse. É de uma maneira diferente, mas tivemos".
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