Filme foi acusado de romantizar abuso sexual e sequestro
Redação Publicado em 07/07/2020, às 09h58
365 Dias, filme da Netflix, é alvo de diversas críticas desde o lançamento na plataforma. Baseado nos livros da polonesa Blanka Lipińska, a produção para maiores de idade conta a história de Laura, vítima de sequestro por um mafioso que recebe o prazo de um ano para se apaixonar pelo raptor.
Acusado de ser tóxico por glamourizar temas como estupro, síndrome de Estocolmo e tráfico sexual, o longa foi apontado como “irresponsável” pela cantora Duffy, vítima de sequestro e estupro há dez anos.
Após diversas críticas por parte do público, uma petição para remover 365 Dias da plataforma ultrapassa 60 mil assinaturas em uma semana de campanha no site Change. org. “No mínimo, a Netflix deveria fornecer informação sobre consentimento, e avisos sobre toda a violência sexual contra mulheres no filme. Como não o fizeram, estão sendo irresponsáveis, negligentes e apoiam a violência sexual”, acusa a petição.
O abaixo-assinado virtual foi criado pela influenciadora Mik Zazon, vítima de abuso emocional e sexual entre 17 e 21 anos. Em relato sobre a experiência pessoal, Mik contou a dificuldade de entender a possessividade do ex-namorado como algo perigoso. "Em filmes e na cultura pop, as histórias de amor são sobre obsessão, não são amor de verdade e aprendi isso da pior maneira", contou em vídeo publicado nas redes sociais.
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Nesta semana, um porta-voz da plataforma de streaming explicou a decisão de manter o título no catálogo. “Acreditamos fortemente em oferecer aos nossos membros em todo mundo mais escolhas e controle sobre a experiência de assistir à Netflix”, afirmou em comunicado. “Membros podem escolher o que fazem e não fazem ao estabelecerem filtros de conteúdo em perfis”.
Acesse a petição aqui.
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