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Notícias / VENDA

Pink Floyd vende catálogo musical para Sony por US$ 400 milhões

Negociação inclui direitos de imagem e merchandising da banda

Galeria: Pink Floyd - Divulgação
Galeria: Pink Floyd - Divulgação

Após anos de discussões internas e negociações frustradas, a banda Pink Floyd finalizou a venda dos direitos de seu catálogo musical e de imagem para a Sony Music por aproximadamente US$ 400 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões na cotação atual).

O contrato abrange os direitos de gravação de álbuns, como The Dark Side of the Moon (1973), The Wall (1979) e Wish You Were Here (1975), além de direitos sobre o uso do nome e da imagem da banda, que também inclui o famoso material gráfico associado aos seus álbuns. No entanto, os direitos de composição permanecem com os autores individuais das músicas, como Roger Waters, David Gilmour e outros integrantes.

Um dos primeiros projetos sob o novo controle da Sony será o lançamento da edição comemorativa de 50 anos do icônico álbum Wish You Were Here, previsto para 2025.

Anos de negociações turbulentas

A venda do catálogo da banda foi marcada por anos de disputas internas, principalmente entre Waters e Gilmour, o que dificultou a conclusão de acordos anteriores. Em 2022, a banda estava perto de fechar uma negociação de US$ 500 milhões, mas o processo foi interrompido devido a divergências entre os membros, além de controvérsias políticas envolvendo as declarações de Waters sobre Israel e a guerra na Ucrânia.

Entre as declarações polêmicas, Waters comparou Israel à Alemanha nazista e defendeu a invasão russa da Ucrânia como "não provocada". Essas opiniões afastaram possíveis compradores e geraram críticas, inclusive de Gilmour e sua esposa, Polly Samson. "Você é antissemita até o cerne", disse Samson em uma rede social. Gilmour reforçou: "Cada palavra é verdadeira."

Livrar-me da tomada de decisões e das discussões que estão envolvidas em manter tudo funcionando é meu sonho. Se as coisas fossem diferentes… e não estou interessado nisso do ponto de vista financeiro. Só estou interessado nisso pela possibilidade de sair do banho de lama que tem sido por um bom tempo.” - David revelou à Rolling Stone.

O baterista Nick Mason, por sua vez, lamentou a longa disputa entre os membros. Em 2018, ele afirmou que era "decepcionante ver esses senhores de idade ainda em pé de guerra". Mason, ao longo dos anos, tentou manter uma postura neutra entre Waters e Gilmour, mas também se mostrou interessado em concluir o negócio.

Mesmo com essas dificuldades, a Sony Music conseguiu finalizar o acordo, que não abrange os direitos autorais das composições, mas inclui a marca e o uso da imagem do grupo, o que facilita a criação de novos produtos relacionados à banda e a produção de futuros projetos de marketing.