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Pink Floyd vira trilha sonora de animação bizarra sobre a pintura 'O Grito'

A junção das mensagens do cantor, do pintor e do diretor resultaram numa animação perturbadora

Redação Publicado em 22/07/2020, às 16h49

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O Grito de Edward Munch e Pink Floyd (Foto: Divulgação)
O Grito de Edward Munch e Pink Floyd (Foto: Divulgação)

Sebastian Cosor, animador romeno, criou uma versão bizarra do quadro O Grito (1893), de Edward Munch. Não só a animação em si é bizarra, como a escolha para a trilha sonora: “The Great Gig in the Sky”, do disco Dark Side of the Moon, Pink Floyd.

Na imagem, dois homens - um jovem e um bem idoso - atravessam uma ponte. Conversam sobre a morte, e o medo (ou falta dele). O céu está vermelho, e passam por uma figura, aparentemente invisível, do personagem da pintura; ele dança e grita. Assista aqui.

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É uma junção da visão que o Pink Floyd tinha sobre a música, e  que Munch tinha da pintura. Para Cosor, diretor da animação, fazia sentido juntar ambas as visões: medo, desespero, grito e morte.

A explicação da obra, para o pintor - como escreveu num diário - era: “Um dia, andava numa trilha, a cidade de um lado e um fiorde do outro. Me sentia cansado e doente. Parei e olhei para o fiorde - o sol se punha, e as nuvens estavam vermelho-sangue. Senti um grito da natureza; parecia que eu o ouvia. Pintei isso, as nuvens e o sangue. Virou O Grito.

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A música do Pink Floyd também era um pouco desesperadora, como contou David Gilmour, de acordo com Far Out: “Queríamos uma garota gritando orgasmicamente. Não tinha letra. É sobre morrer - ‘cante isso, garota’.” lembrou de dizer a Clare Torry, cantora da música.

Para Cosor, então, é um pouco de tudo isso: "Reconheci-me no centro metafórico desse trabalho, que retrata uma pessoa alienada e oprimida por um mundo apocaliptico e opressor, que o desesperado e solitário indivíduo não consegue mais aguentar. A sociedade não o entende. Da mesma maneira, ele não entende a sociedade."

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