Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas dá novo fôlego à franquia, com 3D de qualidade e boas cenas de ação
Apesar de Piratas do Caribe: O Baú da Morte (2006) e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (2007) terem feito milhões na bilheteria, ambos decepcionaram crítica e uma parte do público. Assim, ninguém esperava que a série estrelada pelo Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) fosse ter uma sobrevida. Mas, com a tecnologia 3D em voga, o produtor Jerry Bruckheimer resolveu arriscar. Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas, o quarto capítulo da franquia, estreia nesta sexta, 20, com uma boa notícia: a produção funciona e vai desfazer a má impressão deixada pelos dois últimos filmes.
Os méritos vão para o diretor Rob Marshall, que fez um longa-metragem mais enxuto e dinâmico. Ainda assim, este é o mais sombrio da cinessérie, com algumas cenas de morte e violência que podem impressionar as crianças. O filme começa em Londres, com Jack Sparrow enganando o judiciário britânico para salvar o seu imediato, Gibbs (Kevin McNally). Sparrow é capturado e fica cara a cara com o Rei George (Richard Griffiths), que quer usá-lo para descobrir a lendária Fonte da Juventude. O pirata trambiqueiro escapa de uma forma mirabolante, encontra seu pai, o Capitão Teague (Keith Richards), e fica sabendo que tem um impostor usando seu nome a fim de juntar uma tripulação para encarar uma misteriosa missão.
O tal impostor é, na verdade, uma mulher, Angelica (Penélope Cruz), ex-amante de Sparrow. O grande problema é que Angelica é filha de Barba Negra (Ian McShane), o mais cruel pirata em atividade, que tem seus motivos para chegar à Fonte. Mesmo a contragosto, Sparrow embarca por mares perigosos com Angelica e seu pai em um navio com uma tripulação cheia de zumbis. Mas eles não são os únicos. Também estão na jogada o velho rival de Sparrow, o Capitão Hector Barbossa (Geoffrey Rush), que agora é um corsário trabalhando para o Império Britânico, e uma poderosa frota a serviço do governo espanhol. Todos os concorrentes têm que enfrentar um perigo em comum: as sereias que habitam os mares ao redor do local da Fonte. A beleza delas é hipnótica, mas as criaturas são seres mortais, que capturam os marinheiros e os devoram no fundo do mar.
Até tudo isto acontecer, todo mundo engana todo mundo e ninguém parece estar dizendo a verdade. O enredo às vezes pode parecer confuso, mas Marshall consegue desenvolver tudo muito bem e amarrar os fios soltos. Marshall, que dirigiu a versão cinematográfica de Chicago e vários outros musicais da Broadway, deu às cenas de ação um ritmo preciso e ágil. O 3D coloca o público nas ruas da antiga Londres, no fundo do mar e no meio das selvas do Caribe, onde os piratas e seus perseguidores vão tentar achar a famigerada Fonte. Com um elenco afiado, efeitos especiais convincentes, humor de sobra e a eficiente música de Hans Zimmer pontuando a ação, a quarta parte da saga Piratas do Caribe consegue divertir ao longo de seu 132 minutos de duração.
Assista abaixo ao trailer do filme: