Em entrevista à Rolling Stone Brasil, cantora reforçou a importância de debater o tópico
Pitty e Anitta são duas mulheres bem sucedidas que conseguiram superar o machismo da indústria musical para falar e cantar o que pensam. Justamente por isso, foram chamadas para participar de um debate no Altas Horas, que vai ao ar neste sábado, 6, para falar sobre feminismo rodeadas por uma plateia composta exclusivamente por homens. Após a gravação do programa, notícias sobre uma suposta briga ideológica entre as cantoras foram publicadas.
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"Então os homens não estão mais interessados. Eles pensam: 'Vou dar em cima pra quê? Daqui a pouco a fulaninha me dá e vem pra cima de mim", disse a funkeira no programa comandado por Serginho Groisman. "Não ficam interessados em ter mais nada com elas. Não acham legal." A baiana questionou: "É o homem que está errado! Ele não tem que achar nada." Posteriormente, as duas retomaram o debate ao discutir se as mulheres alcançaram ou não a igualdade. "Nós ainda não temos os mesmos direitos”, afirmou a roqueira. "Mas estamos quase lá”, respondeu Anitta. Pitty deu a palavra final: "Quase não é chegar lá. Estamos muito longe ainda.”
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Discussão Saudável
Em entrevista cedida durante a festa de oito anos da revista Rolling Stone Brasil, Pitty, que se aproximou do feminismo “sendo mulher e passando por coisas”, desconstruiu a ideia de briga e disse que o debate, mais do que necessário, foi saudável. “Acho importante. É sempre bom a gente tocar neste assunto, porque acho que rola muita confusão [acerca do tema], muita informação desencontrada, muito preconceito. Acho que nunca é ruim a gente tentar esclarecer as coisas... O feminismo não é só bom para as mulheres, para os homens também, para a sociedade, pois se trata de igualdade, não de supremacia. O machismo oprime os homens também. Acho que no dia que eles perceberem isso, vai ser uma grande revolução.”