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Pitty e Fernando Molinari Trio celebram o rock nacional no encerramento do Samsung E-Festival

A Orquestra Juvenil Heliópolis complementou o espetáculo, realizado na plateia externa do Auditório Ibirapuera, em São Paulo

Julia de Camillo Publicado em 10/07/2017, às 12h41 - Atualizado às 19h05

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O maestro titular Edilson Ventureli da Orquestra Juvenil de Heliópolis, a cantora Pitty e Fernando Molinari, do Fernando Molinari Trio, no encerramento do Samsung E-Festival - Divulgação
O maestro titular Edilson Ventureli da Orquestra Juvenil de Heliópolis, a cantora Pitty e Fernando Molinari, do Fernando Molinari Trio, no encerramento do Samsung E-Festival - Divulgação

A noite fria de domingo, 9, deu dois presentes a quem estava nas imediações do Auditório Ibirapuera, em São Paulo: uma lua cheia no céu de poucas nuvens e um espetáculo em celebração ao suprassumo do rock nacional.

O Samsung E-Festival é um concurso anual que seleciona artistas instrumentais e dá a eles a oportunidade de gravar um single, além de um prêmio de R$ 30 mil para auxiliar na carreira musical. O show gratuito teve a participação do artista escolhido por meio de voto popular, entre outros nove concorrentes. A seleção passou pela curadoria do maestro Ruriá Duprat e teve mais de 700 inscritos.

Precisamente às 19h12, Pablo Morais, que vive Deco na Malhação, subiu ao palco para apresentar o evento. A primeira rodada de música ficou na mão do vencedor do concurso, o Fernando Molinari Trio. A plateia precisou de um momento para se localizar e se acostumar com o som, uma banda instrumental, mas após a “surpresa” inicial, mostrou-se receptiva e calorosa aos vencedores do concurso.

O baixista e compositor Fernando Molinari, natural de São Paulo, evidencia em seu trabalho o estilo fusion, com elementos de rock, prog, funk e música brasileira. “Esta foi a primeira vez em que eu me inscrevi, fiquei bem surpreso de ir para a final, e mais surpreso ainda de ter vencido”, ele contou em coletiva realizada pouco antes da apresentação. “Nosso trabalho sempre foi voltado mais para fora do Brasil, exatamente porque a gente não tem muito espaço por aqui, então essa é uma oportunidade muito especial.”

A multidão que se aglomerava na plateia externa do Auditório teve a oportunidade de conhecer quatro músicas autorais do grupo vencedor antes de receber a Orquestra Juvenil Heliópolis, que foi criada pelo maestro Silvio Baccarelli há 20 anos, após o incêndio que atingiu a comunidade de Heliópolis. Para dar o tom à performance, os 60 instrumentistas fizeram um medley dos grandes sucessos dos Beatles.

“Esse projeto é bacana para desmistificar um pouco da imagem que as pessoas têm de uma orquestra sinfônica. Já começa com o nome errado: ‘música erudita’. Já é um nome que afasta de todo mundo. Na verdade, uma orquestra é tão democrática quanto qualquer outro organismo”, explicou o maestro titular Edilson Ventureli durante o encontro com a imprensa. Sobre a relação da orquestra com o rock, Ventureli defendeu que “uma linguagem não impede a outra”. Ele ressaltou a necessidade de “mostrar para as pessoas que uma orquestra sinfônica é tão pop quanto qualquer artista”.

Aquecendo o público para a convidada especial que viria a seguir, a Orquestra revisitou clássicos de alguns dos maiores nomes do rock nacional, como Rita Lee, Raul Seixas, Renato Russo, Nando Reis, Roberto Carlos e Erasmo Carlos. Os grandiosos instrumentais permitiram que a plateia cantasse as letras das canções com vontade.

Mas o grande momento da noite veio quando Pablo Morais introduziu a cantora Pitty, convidada especial da noite. Acompanhada pela Orquestra e pelo Fernando Molinari Trio, ela combinou guitarras e violinos em três canções de seu próprio repertório: “Na Sua Estante”, “Serpente” e “Me Adora”.

“É, acabou. Vocês querem ouvir mais alguma?”, ela disse, tendo uma resposta positiva do público. “A gente pode repetir uma das três, que são as que a gente já tem mais ensaiadinhas.” Após tentar distinguir uma resposta em meio aos gritos do público, a baiana executou “Serpente” uma terceira vez antes do evento chegar ao fim.