Músico expressa vontade de fazer o primeiro disco da banda em 18 anos com um cineasta "como Quentin Tarantino ou alguém do tipo"
O Pixies pode estar prestes a promover um retorno digno de Hollywood - literalmente. O grupo de Boston, Massachusetts, sem lançar álbum novo há 18 anos, quer formar parceria com um diretor de cinema para o sucessor de Trompe le Monde, contou o frontman, Frank Black, ao site da revista britânica NME.
"A banda precisa trabalhar com um diretor. Quentin Tarantino ou alguém do tipo. Seria como, 'faça alguma música para nosso filme, vocês [do Pixies] serão o som do filme'." Ele solicitou, então, que o repórter "espalhe a palavra sobre a ideia, pois acha "que [ela] vai funcionar".
Não que o vocalista e guitarrista, que divide o posto de integrante mais pop do quarteto com a baixista Kim Deal (que integra o Breeders ao lado da irmã Kelley), descarte a hipótese de um álbum tradicional. Se o grupo continuar tocando ao vivo, Frank apoia a ideia de renovar o repertório o quanto antes.
"Nós teríamos que finalmente enjoar de usar o velho repertório e dizer, 'tudo bem, foda-se. Vamos pôr novas canções em nosso set." O músico só faz uma - óbvia - ressalva: "O único jeito para fazermos isso de verdade é se [o novo álbum] fosse muito bom".
O problema de arriscar novidades no set é um velho conhecido da indústria musical. "Há o medo de que, se tentarmos nos comprometer em gravar algo, então, mesmo que não saia estelar, de alguma forma estas gravações vão vazar. A banda é amada por seu público, então não queremos ferrar tudo", explicou.
O abismo entre o álbum mais recente, de 1991, e a suposta "trilha sonora", se o desejo expressado por Frank vingar, se deve à separação do Pixies, em 1993. A banda só voltou à ativa em 2004, quando fez um show no Brasil, no Curitiba Pop Festival. Em 14 de junho, eles estiveram no que foi até agora sua única apresentação do ano, em Londres, para divulgar a coletânea Minotaur, com os cinco álbuns de estúdio da carreira do Pixies.