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Pocahontas, Cleópatra e mais: 7 personalidades históricas que Hollywood errou ao retratar nas telonas

A indústria cinematográfica gosta de filmes históricos, mas, muitas vezes, não estuda o suficiente

Camilla Millan Publicado em 15/02/2020, às 17h00

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Pocahontas(1995) e Cleópatra(1963) (Foto: Reprodução)
Pocahontas(1995) e Cleópatra(1963) (Foto: Reprodução)

Hollywood gosta de filmes históricos. 1917, por exemplo, foi dirigido por Sam Mendes e retrata a Primeira Guerra Mundial. Ganhou muitos prêmios, desde Globo de Ouro de Melhor Diretor e Melhor Filme de Drama até o Oscar de Melhor Fotografia. No entanto, nem sempre  a indústria cinematográfica se esforça nos estudos de história.

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Diversos blockbusters erraram feio em assuntos históricos. Mesmo querendo retratar determinado período ou personagem, alguns longas se perderam na ficção. Um exemplo marcante é Pocahontas, que a Disney desenhou como uma grande história de amor, mas, na verdade, passa longe disso.

Outras personalidades, como Cleópatra e William Shakespeare também foram retratadas muito diferentes da realidade, como listou o site Ranker. Confira as 10 personalidades histórias que Hollywood errou ao retratar nos cinemas:

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Pocahontas

O filme, lançado pela Disney em 1995 retratou Pocahontas como uma mulher adulta apaixonada por John Smith. No entanto, a verdadeira Pocahontas não viveu uma história de amor.

Pohacontas verdadeira tinha 10 anos quando encontrou John Smith, de quase 30 anos. A criança foi raptada pelo inglês e forçada a casar com John Rolfe, que a manteve em casa como um artefato de curiosidade até ela morrer de tuberculose aos 22 anos.

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William Shakespeare

Shakespeare Apaixonado, lançado em 1998, alega que a obra Romeu e Julieta é uma inspiração de um romance vivido pelo dramaturgo com uma atriz. No entanto, o enredo,  premiado sete vezes no Oscar, está errado.

A atriz retratada no longa nunca existiu, e a obra Romeu e Julieta foi criada por Shakespeare a partir de adaptações de outras fontes, como a maioria dos trabalhos do escritor e dramaturgo.

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Cleópatra

Cleópatra, de 1963, representou a governante egípcia com beleza extraordinária, interpretada por Elizabeth Taylor. No entanto, os registos sobre a aparência de Cleópatra não são iguais, principalmente porque a maioria foi feito após a morte dela. 

Alguns dizem que a governante tinha uma beleza comum, e outros que as joias e charme a faziam muito bela. No entanto, as incertezas a respeito da aparência de Cleópatra não excluem o fato que as raízes do Norte da África certamente não fariam a governante parecer com Taylor.

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Franklin D. Roosevelt

O filme Pearl Harbor, lançado em 2001, mostrou Roosevelt, interpretado por Jon Voight, com forças para levantar sozinho, mesmo desabilitado pela poliomilite. Na realidade, após contrair a doença aos 39 anos, o ex-presidente dos Estados Unidos passou a maior parte dos anos em uma cadeira de rodas.

Roosevelt conseguia caminhar apenas distâncias curtas, com a ajuda de outras pessoas e de uma bengala, muito diferente do que foi retratado no longa. 

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Maria Antonieta

Apesar de acertar diversos pontos históricos, o filme Maria Antonieta, de 2006, retrata a rainha francesa como uma criança mimada, deturpando a imagem verdadeira dela. 

Símbolo da decadente aristocracia francesa, Maria Antonieta tinha consciência da política em volta dela. Ao contrário do que o longa retrata, a rainha possuía interesses políticos próprios, e não era apenas uma viciada em compras.

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Alexandre, o Grande

O filme Alexandre, de 2004, não conseguiu acertar historicamente em praticamente nada. O longa de Oliver Stone gastou US$ 150 milhões e retratou gregos, persas e outros grupos de maneira incorreta. Além disso, o filme não definiu abertamente a sexualidade do Rei da Macedônia, que, segundo registros históricos, não era heterossexual. 


Leonidas 1

Filme 300, de 2007, retratou o Rei Leonidas (Gerard Butler), assim como os espartanos, como do bem. No entanto, há vários fatos históricos errados no longa. Primeiramente, a batalha apresentada na produção como espartanos contra persas não foi assim, já que os espartanos se uniram também às tropas de Atenas.

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Além disso, retratar espartanos como bons e persas como bárbaros é, além de racista, um erro histórico. Os guerreiros de Esparta podiam legalmente matar escravos por qualquer motivo. O rito de passagem espartano - retratado no filme quando Leonidas mata um lobo sozinho na floresta - na realidade envolvia meninos saindo de casa e assassinando escravos sem serem pegos. 


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