Após reunião com laboratório Sinovac Biotech, presidente do Instituto Butantã disse não haver nova data de entrega dos insumos
Após reunião com o laboratório Sinovac Biotech, que desenvolve a vacina na China, o presidente do Instituto Butantã, Dimas Covas, disse não ter sido notificado de uma nova data de entrega dos insumos. Com a falta do produto, o instituto não tem previsão de quando deve retomar a produção da vacina CoronaVac. A informação é do UOL.
Em entrevista coletiva realizada nesta manhã de sexta, 14, durante a entrega do último lote de mais de 1 milhão de doses da CoronaVac, Dimas Covas explicou que haverá atraso na programação de entrega de vacinas em maio e junho ao Ministério da Saúde.
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"O primeiro contrato foi cumprido com 12 dias de atraso, num volume de 46 milhões de doses. O segundo está em andamento. Foi assinado em fevereiro. Neste momento, o que se atrasa é a previsão", afirmou Dimas Covas e continuou: "Tínhamos a previsão de entregar 12 milhões de doses em maio, e seis milhões em junho. É uma programação que vai sofrer atraso."
A coordenadora do Controle de Doenças do Estado, Regiane de Paula, também ressaltou que haverá impacto no calendário de vacinação. Segundo ela, o ritmo poderá ser diminuído, mas a equipe não irá parar [de produzir vacinas]. "Esperamos que o governo federal se sensibilize. Estamos em situação muito difícil." exclamou Regiane.
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De acordo com o UOL, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), tem colocado a culpa do atraso dos insumos no presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Recentemente, Bolsonaro fez alusão de que a China estaria promovendo uma "guerra química" para se beneficiar economicamente com a pandemia do coronavírus.
"Há um entrave diplomático fruto de declarações desastrosas do governo federal. Isso gerou um bloqueio por parte do governo chinês", afirmou Doria e prosseguiu: "Faço apelo às autoridades chinesas. Estando em Brasília, na embaixada ou na chancelaria: os brasileiros não pensam como o Presidente da República. Os brasileiros agradecem a China por ajudar a salvar vidas."
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O Ministério das Relações Exteriores, no entanto, alega que os atrasos são causados pela alta demanda de vacinas da China, e que não há represália diplomática em relação o Brasil.
Todas as informações são do UOL.
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