Por que a crítica detesta os filmes de M. Night Shyamalan? Diretor opina

Em agosto de 2002, a capa da revista Newsweek trouxe um destaque que muitos acreditam ter sido um divisor de águas na carreira do cineasta M. Night Shyamalan. O diretor estava no auge, após o sucesso de bilheteria de O Sexto Sentido (1999) e o êxito moderado de Corpo Fechado (2000). Naquele momento, o indiano se preparava para lançar o esperado filme Sinais (2002), uma produção de ficção científica e terror que prometia lotar os cinemas. No entanto, a publicação não conteve sua empolgação ao rotular o então jovem diretor de 32 anos como "O Próximo Steven Spielberg". Tal declaração, ao invés de impulsioná-lo, tornou-se uma espécie de fardo.

Shyamalan não lidou bem com essa pressão. Após a recepção mista de A Vila (2004), ele lançou A Dama na Água (2006), um filme peculiar em que ele mesmo interpreta um personagem cujo talento para escrever tem o poder de transformar o mundo. Este filme, que por si só já teria dificuldades em cativar o público, foi ainda mais prejudicado pela publicação do livro The Man Who Heard Voices (2006), onde o jornalista Michael Bamberger teve acesso irrestrito ao processo criativo do diretor. Parecia que Shyamalan havia acreditado piamente no título da Newsweek e se considerava infalível.

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OPINIÃO

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TESTES

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Embora muitos apreciem as obras di diretor, outros as veem como falhas incompreendidas. Em uma entrevista ao jornalista David Sims da The Atlantic,  reconheceu os fracassos em projetos como "O Último Mestre do Ar (2010) e Depois da Terra(2013).

Divergências surgem quando Shyamalan sugere que filmes como A Vila e A Dama na Água são tão inovadores que desafiam a compreensão dos críticos. O diretor citou Mikhail Kalatozov como uma influência estética em suas obras, algo perceptível em títulos como O Sexto Sentido, Sinais e especialmente Corpo Fechado. No entanto, muitos argumentam que essas duas produções não alcançam o mesmo nível visualmente refinado.

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Além das questões estéticas, há outro elemento que parece incomodar Shyamalan. Ele reflete sobre sua experiência como imigrante nos Estados Unidos, afirmando: “Às vezes sinto que seria mais fácil se eu estivesse fazendo filmes sobre matemáticos indianos ou algo assim,” refletiu