Prince detestou uma ideia dos Beatles e chamou 'Free As a Bird' de 'demoníaca' - mas Paul McCartney defendeu a banda
Em 1994, mais de uma década após a morte de John Lennon, os três Beatles restantes se juntaram para gravar um disco com músicas raras, canções cortadas e versões ao vivo. A banda usou uma demo entregue pela viúva do cantor, YokoOno, para gravar os vocais de Lennon e tocar o resto dos instrumentos a partir dele, mas Prince não gostou da ideia.
"O que fizeram com aquela música dos Beatles ['Free As a Bird'], manipulando a voz de John Lennon para tê-lo cantando do túmulo... Isso nunca acontecerá comigo," disse Prince em entrevista, de acordo com o Express UK.
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Para prevenir algo assim de acontecer, Prince gostava de manter todo o controle artístico nas próprias mãos. "Não consigo pensar em nada tão demoníaco. Tudo é como deve ser. Se fosse para eu tocar com Duke Ellington, nós teríamos vivido na mesma época." O cantor pop não gostava da noção de realidade virtual, dizia que era "demônica."
Depois da crítica, McCartney defendeu a escolha criativa da banda de usar a voz de Lennon: "Eu nunca tinha ouvido [as demos] antes, mas [Ono] explicou como eram populares com os fãs de John."
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Ringo Starr descreveu a decisão como "a rota mais fácil," e o motivo para isso foi: a banda não tinha outras opções. "Éramos quatro Beatles, e sobraram três. Fizemos algumas músicas por acaso, fomos para tocar instrumentos e ver o que acontecia. Depois, decidimos tentar canções novas, mas era difícil, pois as músicas eram individuais, não eram dos Beatles."
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