Em meio os desentendimentos, o quarteto lançou discos com um nível alto de efeitos do estúdio para serem tocados ao vivo
Embora todos os shows do Beatles depois de 1962 tenham sido complicados, nada foi comparado à turnê de 1966. Nesta altura, o quarteto era muito popular e viajava em um van blindada.
Depois de vivenciarem uma cena de violência no aeroporto das Filipinas e ameaças da Ku Klux Klan no sul da América, o nível de segurança da banda teve que aumentar. Enquanto isso, a qualidade das apresentações ao vivo dos Beatles despencou. Segundo John Lennon, foi "um show de horrores".
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Embora os Beatles tivessem o Revolver na manga no final da turnê, os fãs não conseguiriam ouvir nenhuma música desse disco nos shows.
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Em 1967, o nível de efeitos do estúdio e os tipos de instrumentos que apareciam nas canções dos Beatles era alto demais para ser tocados ao vivo. O mesmo se aplica à Magical Mystery Tour, com boa parte do The White Album e Abbey Road.
George Martin, como produtor de longa data, disse: "Nós estávamos colocando algo em fita que só poderia ser feito em fita."
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Quando eles chegaram ao Let It Be - um álbum que quase poderia ser tocado ao vivo, a banda se separou. Em 1967, Brian Epstein morreu e John Lennon disse que viu o fim da banda chegar.
Epstein foi responsável por treinar o quarteto incontáveis vezes antes das apresetanções e manteve as dispesas em ordem e os integrantes sempre felizes. Logo após essa tragédia, a banda lançou o Magical Mystery Tour. Em 1968, as sessões do The White Album incluíram desetendimentos entre Paul e John e um distanciamento do Ringo.
A banda, de fato, parecia estar se desfazendo em vários níveis, e sem a presença de Epstein, é difícil imaginar como eles conseguiriam seguir com uma turnê estendida.