Cidade tem déficit de quase R$ 1 bilhão; há, nesta terça, 7, mais policiais nas ruas da cidade do que nas Olimpíadas de 1984
A família de Michael Jackson foi escoltada do cemitério Forest Lawn (onde ocorreu o velório privado) ao Staples Center por um time da SWAT. Não resta dúvida de que o estrelado tributo custará caro aos cofres de Los Angeles. Diversas das principais rodovias estão fechadas; várias telas foram erguidas para que fãs do lado de fora do ginásio onde a cerimônia pública está sendo realizada. Foram convocados, ainda, centenas de oficias da polícia extras para o evento. Como resultado, o prefeito da cidade, Antonio Villaraigosa, pediu aos fãs doações (que poderão ser descontadas no imposto de renda) para ajudar a cobrir os custos (estipulados em US$ 3,8 milhões, ou R$ 74,7 mi) necessários para o tributo, reportou o site da Fox L.A.
As doações ajudariam "os recursos públicos necessários para garantir um evento seguro, respeitoso e com ordem", afirma o escritório do prefeito. Pede-se que os fãs depositem dinheiro em uma conta Paypal (que realiza a transferência por e-mail (o link foi postado no Twitter de Villaraigosa). A companhia AEG Live, responsável pelos 50 shows da turnê This Is It! que seriam realizados em Londres, ajuda a realizar cerimônia e deve arcar com parte das despesas. A empresa é dona do Staples Center, que abrigou ensaios da turnê, que começaria em 13 de julho.
O tributo a Jackson vem em tempos difíceis, em termos financeiros, para a cidade californiana. No mês passado, quando o Los Angeles Lakers venceu o campeonato da NBA, a cidade não conseguiu juntar dinheiro para bancar uma "parada da vitória", já tradicional nessas ocasiões. No lugar, optou por uma celebração menor, no fórum local. O déficit da cidade é estimado em US$ 500 milhões (R$ 978,5 mi).
Segundo o jornal Los Angeles Times, cerca de 3,2 mil oficiais foram recrutados para garantir a segurança nos arredores do Staples Center. Earl Paysinger, um dos chefes da L.A.P.D., força policial da cidade, destaca que o número de policiais é maior que o utilizado pela cidade durante as Olimpíadas de 1984. O evento de 25 anos atrás, para Paysinger, "empalidece em comparação ao que temos hoje".