Também foi divulgada a criação de uma comissão que pretende desburocratizar o processo de obter autorização para filmar na cidade
A SPCine, órgão municipal de fomentação e implemento de programas e políticas do audiovisual, lançou esta semana o Circuito SPCine de Cinema, que pretende inaugurar 20 novas salas de projeção de filmes em São Paulo. Além do Circuito, também foi anunciado a São Paulo Film Commission, comissão que pretende, a partir da centralização das solicitações de gravação pela cidade, reduzir a burocracia para se conseguir as autorizações necessárias para rodar produções na capital paulista.
O comunicado foi feito à imprensa na manhã da última quarta, 30, pelo prefeito da cidade, Fernando Haddad, ao lado da vice-prefeita, Nádia Campeão, do então secretário municipal de cultura, Nabil Bonduki (que em seguida deixou o cargo para poder disputar a próxima eleição), o secretário municipal de educação, Gabriel Chalita, e o diretor-presidente da SPCine, Alfredo Manevy.
As salas de cinema serão instaladas em 15 CEUs (Centros de Educação Unificada) e em cinco outros centros culturais espalhados pela cidade: Centro Cultural São Paulo, Cine Olido, Centro de Formação Cultural, Cidade Tiradentes e Biblioteca Pública Roberto Santos. O custo da entrada é outro fator importante do projeto. Visando tornar o audiovisual acessível à população, ela será gratuita nos CEUs, enquanto que nos centros culturais o preço poderá variar de R$ 4 a R$ 8.
Até junho, o Circuito pretende implantar em todas as 20 salas equipamentos de projeção digital, sistema de som Dolby 5.1 e uma programação de filmes que contará com blockbusters internacionais e produções recentes e consagradas do audiovisual brasileiro. A iniciativa tem a intenção de realizar cerca de 200 sessões semanais que atendam a aproximadamente 63 mil espectadores – isto é, quase 100 mil espectadores por ano. “Será o maior circuito público de salas de cinema do Brasil”, afirmou Alfredo Manevy.
Foi levando em conta o fato de que 10% dos paulistanos nunca foram ao cinema – entre eles, 30% pertencentes às classes D e E – e de que 85% dos cinemas em São Paulo são de salas "multiplex" que a prefeitura inaugurou o projeto. “Nós queremos passar o Cinemark, a prefeitura quer ser o maior exibidor. Senão o cinema não vai avançar como linguagem”, afirmou Haddad durante a coletiva de imprensa.
A lista completa do circuito, com todos os CEUs e centros culturais que receberão as salas de cinema, está disponível no site da ”prefeitura de São Paulo”.