Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

Presidente do Haiti é assassinado a tiros, diz primeiro-ministro

Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi assassinado a tiros na madrugada desta quarta, 7, em meio à crise política, humanitária e sanitária no país

Redação Publicado em 07/07/2021, às 09h52

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Jovenel Moïse (Foto: Alex Wong/Getty Images)
Jovenel Moïse (Foto: Alex Wong/Getty Images)

Jovenel Moïse, presidente do Haiti, foi assassinado na madrugada desta quarta, 7 de julho. Segundo comunicado oficial do primeiro-ministro interino, Claude Joseph, o chefe de Estado foi morto a tiros por um grupo de homens armados que invadiram a residência oficial.

Conforme noticiado pelo O Globo, o comunicado explica que a esposa de Moïse, Martine, também foi baleada e está sob cuidados médicos. Claude Joseph caracterizou o ato como “odioso, desumano e bárbaro”, e revelou que parte dos agressores falavam espanhol, indicando que não seriam haitianos.

+++LEIA MAIS: Desigualdade bate recorde na pandemia e renda média brasileira é a pior desde 2012

"Um grupo de indivíduos não identificados, alguns dos quais falavam em espanhol, atacou a residência privada do presidente da República (...) ferindo mortalmente o chefe de Estado", explica a nota.

O assassinato ocorre em meio a um cenário crítico no Haiti, que sofre com a polarização, crise humanitária, escassez de alimentos, aumento da pobreza, instabilidade política e temores de uma desordem generalizada.

+++LEIA MAIS: Grammy 2021: Conheça Kaytranada, DJ indicado na categoria Artista Revelação

No comunicado, o primeiro-ministro também pediu calma à população e afirmou que a situação do Haiti está sob controle da polícia e Forças Armadas: "Todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a continuidade do Estado e para proteger a nação. A democracia e a República vencerão."

Segundo a Folha, a ação de gangues em lutas entre si e com a polícia resultou em um aumento da violência nos últimos tempos, principalmente na capital do país, Porto Príncipe. Esse cenário se acentuou pela instabilidade política.

+++LEIA MAIS: Como violência policial e racismo são normatizados pela produção audiovisual brasileira [ANÁLISE]

Desde que assumiu a presidência, Moïse enfrenta protestos e acusações de autoritarismo e de tentar instalar uma ditadura, acusações negadas por ele. Desde janeiro de 2020, o presidente governava por decreto após suspender parte do Senado, toda a Câmara dos Deputados — equivalente ao Poder Legislativo— e os prefeitos.

Moïse foi eleito em 2015, mas após acusações de fraude o pleito foi anulado e uma nova votação confirmou o resultado, e ele assumiu o cargo em 7 de fevereiro de 2017 para um mandato de cinco anos.

+++LEIA MAIS: Serj Tankian se diz 'chocado' por fãs não saberem que System of A Down canta sobre política

O grande embate entre Moïse e a oposição foi relacionado ao tempo do mandato. Ele dizia que deveria governar até fevereiro de 2022, enquanto os adversários políticos e o Superior Tribunal de Justiça do Haiti afirmavam que o tempo de governo interino deveria contar como mandato, portanto, estendendo-se até fevereiro de 2021.

Apesar disso - e de diversos haitianos indo às ruas para pedir o fim do mandato -, o presidente se recusou a sair do cargo: “Eu não sou um ditador. Meu mandato termina em 7 de fevereiro de 2022,” disse.

+++LEIA MAIS: 'Brasil precisa de um adulto no comando', diz Serj Tankian, do System of A Down


+++ OS 5 DISCOS ESSENCIAIS DE BOB DYLAN | ROLLING STONE BRASIL