Em 1976, o juiz Richard Owen decidiu que o guitarrista havia se inspirado na música "He's So Fine", das Chiffons
Com a separação dos Beatles no início dos anos 1970, cada integrante da banda começou a trilhar o próprio caminho. George Harrison, por sua vez, provou que também poderia ser um grande artista solo ao lançar faixas com letras inclusivas e provocativas.
Criado católico e convertido ao hinduísmo, a expressão mais famosa da espiritualidade de Harrison seria "My Sweet Lord", que incui abstenções contrastantes do termo judaico-cristão "Aleluia" - que significa "Louve a Deus" - e o termo hindu "Hare Krishna" - que representa a devoção ao Senhor Krishna.
A princípio, o uso de tais terminologias foi recebido como incongruência e, até, blasfêmia. Mas, segundo o livro While My Guitar Gently Weeps, as escolhas líricas do guitarrista foram um apelo à espiritualidade sem intolerância.
Ainda, Harrison não havia percebido a semelhança notável entre "My Sweet Lord" e "He's So Fine", das Chiffons. Assim, de acordo com os portais AllMusic e Stereogum, a Bright Tunes o denunciou pela violação de direitos autorais.
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Harrison e o produtor Phil Spector tentaram reverter o processo, mas a empresa não estava interessada em resolver fora da justiça. Em 1976, o juiz Richard Owen decidiu que o guitarrista havia, sim, plagiado "He's So Fine" - mesmo sem querer.
O ex-Beatle foi então forçado a reembolsar 75% do dinheiro que ele ganhou com "My Sweet Lord" e uma parcela da receita do disco All Things Must Pass, totalizando cerca de US$ 1,6 milhão.