Priscilla Presley vence primeira etapa de processo por abuso de idosos; entenda

Nos Estados Unidos, Priscilla Presley recebeu uma decisão favorável em um processo por abuso de idosos que ela moveu contra um grupo de ex-sócios. A ex-esposa de Elvis Presley acusa o grupo de tê-la induzido de forma desonesta a compartilhar o poder sobre empresas e negócios. 

A leiloeira Brigitte Kruse, seu marido e o investidor Kevin Fialko teriam se aproveitado desse controle para roubar cerca de US$ 1 milhão da artista e empresária.

Agora, um juiz de Los Angeles determinou que o caso seja analisado na Califórnia. Isso significa que a ação pode prosseguir com uma audiência que deve acontecer na próxima semana.

A decisão é favorável a Presley porque o juiz rejeitou um pedido do grupo para suspender o processo. Eles alegaram que estão envolvidos em outra disputa judicial — desta vez por quebra de contrato — movida anteriormente contra a artista na Flórida e afirmaram que ter dois casos acontecendo em lugares diferentes é "extraordinariamente inconveniente".

"A autora [Presley] sugere que as testemunhas do abuso de idoso, o efeito que teve sobre a autora, e a situação da autora antes e depois das ações alegadas estão na Califórnia. Da mesma forma, a autora afirma que muitos dos documentos relacionados à reclamação de abuso também estão aqui. O tribunal tende a concordar", escreveu o juiz Mark Epstein na decisão obtida pela Rolling Stone.

No processo apresentado por Priscilla Presley em julho de 2024, ela afirma que Kruse "rapidamente se intrometeu" em sua vida, "enviando frequentemente várias mensagens de texto por dia e dizendo-lhe o quanto a amava e admirava." A ação judicial chamou a mulher de "golpista e mentirosa patológica" que se apropriou indevidamente de mais de US$ 1 milhão e ainda induziu Priscilla a assinar contratos que deram a Kruse e Fialko entre 51% e 80% do controle sobre empresas que possuíam e exploravam a imagem da artista.

Segundo ela, os réus se apropriaram de cerca de US$ 500 mil que ela recebeu por Priscilla (2023), uma adaptação cinematográfica feita por Sofia Coppola a partir da autobiografia Elvis e Eu, além de US$ 350 mil recebidos por um contrato com uma linha de cosméticos.

A queixa alega também que Kruse forçou Presley “a uma forma de servidão contratada, onde foi forçada a trabalhar para que o grupo pudesse receber a maior parte de qualquer receita que ela pudesse ganhar no futuro”.

"Esta ação decorre de um esquema meticulosamente planejado e abominável pelos réus nesta ação para se aproveitar de uma mulher mais velha ganhando sua confiança, isolando-a das pessoas mais importantes em sua vida e enganando-a para acreditar que cuidariam dela — pessoal e financeiramente — enquanto seu verdadeiro objetivo era drenar cada centavo que ela tinha," afirmaram os advogados de Priscilla Presley na ação judicial. 

Os representantes de Kruse, seu marido e Fialko não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Em declarações anteriores ao tribunal, os réus afirmaram que a artista entrou voluntariamente em acordos com eles para alugar uma propriedade na Flórida e transferir o controle sobre seus direitos publicitários. 

Na ação judicial de quebra de contrato movida por Kruse e o marido contra Presley, eles afirmam que ela saiu ilegalmente dos vários acordos comerciais quando suas circunstâncias financeiras mudaram após a morte da filha Lisa Marie. 

Em uma declaração enviada anteriormente à Rolling Stone, um porta-voz de Kruse definiu a ação por abuso de idoso como uma resposta "retaliatória" ao processo movido contra ela anteriormente. "Estamos confiantes de que os fatos falarão por si mesmos e que a justiça prevalecerá," dizia a declaração. "Nos entristece todos nós que deixamos nossas vidas para ajudar uma mulher que precisava de ajuda e agora ela está tentando usar seu status como celebridade para arruinar as vidas das pessoas bondosas e trabalhadoras."

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