Jovem de 20 anos é atração do festival Mimo nesta sexta-feira, 2, em Paraty
Jacob Collier tem apenas 20 anos e não precisa de mais ninguém ao seu lado no palco para criar um som que atraiu atenção, entre muitos outros, do cultuado Quincy Jones, ex-produtor de Michael Jackson.
Sucesso da internet a partir de vídeos em que aparece tocando múltiplos instrumentos e fazendo variados tons de voz para clássicos da música contemporânea, o fenômeno britânico provará seu talento para os brasileiros nesta sexta-feira, 2, em apresentação gratuita na cidade de Paraty.
Dez prodígios da arte e do entretenimento que chegaram muito longe muito cedo.
Collier é um dos convidados do British Council (Conselho Britânico) e do festival Mimo. Além das estripulias enormemente prestigiadas pelo YouTube – um clipe de uma cover de “Don't You Worry 'Bout A Thing”, de Stevie Wonder, já rendeu mais de um milhão de visitas –, o jovem artista tem no currículo estudos na Royal Academy of Music de Londres e uma aparição na edição deste ano do Montreux Jazz Festival, na Suíça. Lá, se apresentou no mesmo dia que em Herbie Hancock e Chick Corea ("Seu trabalho é incrível", disse Hancock sobre o garoto).
Assista ao vídeo de “Don't You Worry 'Bout A Thing”:
Junto à afinadíssima voz, ele costuma presentear o público com performances no piano, bateria, guitarra, baixo, percussão e violoncelo. As raízes brasileira, afirma o próprio Collier à Rolling Stone Brasil, fazem parte do seu arcabouço artístico. “Hermeto Pascoal sempre foi um herói para mim, assim como Boca Livre e Ivan Lins. Tem tanta música boa para descobrir no Brasil! Espero experimentar o máximo que puder enquanto estiver no país”.
Veja clipe de Collier ao vivo:
Jacob Collier @ London Jazz Festival, November 20thPlaying EFG London Jazz Festival with the solo show headlining with Terence Blanchard at the Barbican Centre November 20th! Book now ? http://www.efglondonjazzfestival.org.uk/events/series/jacob
Posted by Jacob Collier on Sexta, 7 de agosto de 2015
Ser o menino de uma banda só, diz ele, é “absolutamente excitante”, mas não é um caminho único para a carreira. “Tocar com outros alimenta a música que se faz sozinho e vice-versa. Eu também tenho uma banda. Quando você toca só, aprende a entender as diferentes camadas da criação para você mesmo, o que torna a experiência de tocar em conjunto ainda mais plena”.
Collier, que se prepara para lançar o primeiro álbum da carreira, produzido por Quincy Jones, tampouco fica preso a uma só tendência. “Jazz é um dos guarda-chuvas mais largos da música, já que pode abraçar elementos de quase todos os gêneros imagináveis. Música hoje em dia é sobre reunir diferentes ideias e misturá-las com sons novos. Acho que as paredes entre diferentes estilos estão caindo”.