Ursinho Pooh: Sangue e Mel mostra uma versão deturpada do personagem infantil criado por A. A. Milne
Mesmo com classificação indicativa para maiores de 18 anos, Ursinho Pooh: Sangue e Mel, lançado em 26 de janeiro de 2023, foi exibido para crianças de nove anos por professor na Flórida, Estados Unidos, mas isso aconteceu de maneira acidental, segundo informações do CBS News Miami.
Em 2 de outubro de 2023, alunos da Academy Of Innovative Education em Miami assistiram de 20 a 30 minutos de horror, como relatou a mãe Michelle Diaz. Ao CBS News Miami, ela acrescentou como, embora o longa em questão foi escolhido pelos alunos, não era responsabilidade de escolher. "Não cabe a eles decidir o que querem. Cabe ao professor olhar o conteúdo," afirmou.
"Christopher Robin vai para a faculdade e não tem mais tempo de cuidar de Pooh e Leitão. Quando a vida dos personagens dificulta, eles precisam se virar sozinhos e acabam se voltando às raízes animalescas," diz a sinopse do filme. A trama conta com imagens sanguinolentas, cenas de tortura, palavrões e até nudez.
Também ao CBS News, Michelle Diaz explicou como as crianças quiseram parar o filme após assistir ao começo, mas foram ignoradas: "[O professor] não parou o filme, embora as crianças estivessem dizendo: 'Ei, pare o filme, não queremos assistir isso.'"
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Em declaração à UNILAD, Vera Hirsh, diretora da escola, pronunciou-se sobre o incidente. "Na semana passada, um vídeo foi mostrado por engano por um professor durante o almoço em recinto fechado," disse. "Apenas os primeiros 20 minutos do filme foram reproduzidos. Durante esses primeiros 20 minutos, uma cena assustadora foi mostrada. Nesse momento, o professor desligou o vídeo."
Os pais foram avisados de que a escola seguiu todas as políticas e procedimentos do distrito escolar em resposta ao incidente e continuará a apoiar a segurança e o bem-estar dos alunos diariamente.
No entanto, mesmo com essa declaração, Diaz não se mostrou satisfeita com a postura da Academy Of Innovative Education: "Sinto-me completamente abandonada pela escola." Por fim, Hirsh negou ao Miami New Times como as crianças viram qualquer violência, já que a maioria das "terríveis cenas de assassinato acontecem mais tarde no filme." Ela explicou como a escola “monitora ativamente” os alunos e providenciou reunião com conselheiro de saúde mental.