Algumas produções, como 'Liga da Justiça' e 'Esquadrão Suicida' tiveram grandes problemas por trás das câmeras
Por que é tão difícil para a DC acertar nas adaptações de seus filmes no cinema? A editora já teve diversos problemas de bastidores e até interferências da Warner Bros. em suas próprias produções.
Apesar dos problemas, atualmente o DCEU (Universo Estendido DC, na sigla em inglês) lançou filmes elogiados pela crítica, como Mulher-Maravilha e Batman vs Superman.
Mesmo assim, o passado não é algo que se esquece e os próprios integrantes de gravações da DC revelaram alguns erros da empresa.
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Henry Cavill, ator do Superman, revelou que o DCEU não conseguiu se conectar ao público inicialmente. Segundo Cavill, a produção de Mulher-Maravilha foi a primeira em que a conexão com os espectadores deu certo.
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Em entrevista para a Rake Magazine, o ator disse: “Mesmo se a Marvel não existisse, teríamos dificuldade. Havia um estilo que a DC estava adotando, uma tentativa de olhar para as coisas de um jeito diferente. Não estava funcionando necessariamente. Sim, a DC ganhou dinheiro, mas não teve sucesso com crítica. Não deu ao público aquela sensação a qual os super-heróis deviam dar.”
Os bastidores da Liga da Justiça, em 2017, também foram conturbados. Zack Snyder saiu da direção do longa, dando lugar a Joss Whedon. Com a mudança de diretor, os envolvidos na produção revelaram que o filme ficou totalmente diferente.
O resultado final do longa deixou uma sensação de que não deveria ter sido feito daquela forma. Um exemplo de indignação com as mudanças foi a fala do diretor de fotografia Fabian Wagner, que revelou ao Comic Book Debate: “É realmente complicado porque eu assisti [à nova versão] e acho que chorei o tempo todo. Não sei dizer exatamente o quanto mudou, mas muitas coisas ficaram diferentes.”
No começo, a DC decidiu não seguir a Marvel, e realizou produções mais sombrias e até realistas, totalmente diferente da concorrente. No entanto, a escolha não trouxe o retorno esperado pelos chefões da Warner Bros.
Segundo Geoff Johns, quadrinista, diretor de conteúdo e produtor de longas da DC, a empresa é mais do que apenas sombras e realismo.
Em entrevista ao Wall Street Journal, Johns falou sobre o lado otimista dos filmes do DCEU: “Por engano, no passado, acho que o estúdio pensou que se os filmes da DC fossem todos sombrios, os tornaria diferentes. Mas não poderia estar mais errado. Há uma visão esperançosa e otimista da vida. Até o Batman pensa assim. Se ele não acreditasse que pode melhorar o futuro, ele se aposentaria.”
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Atualmente a DC consiste, principalmente, em filmes separados, sem muita conexão com fatos apresentados anteriormente ao público.
A escolha pode ser percebida em algumas produções, como em Batman vs Superman, filme no qual a Mulher-Maravilha afirma ter abandonado a humanidade "há 100 anos."
A declaração é conflitante, se levarmos em consideração o filme Mulher-Maravilha 1984. No longa, a heroína interage com os humanos normalmente.
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Sobre incoerências, a atriz Gal Gadot deu uma declaração, na coletiva de imprensa de Liga da Justiça, na China. Segundo ela, "às vezes, em um processo criativo, você estabelece algo que não é necessariamente uma decisão correta. Mas você pode sempre corrigir e alterar essa decisão.”
Esquadrão Suicida foi, provavelmente, um dos filmes com mais problemas no backstage. E um contratempo importante foi certamente a maneira a qual Jared Leto foi utilizado para representar o Coringa.
David Ayer, diretor do longa, já havia declarado que o filme não deveria ter sido feito daquela forma. E quando uma fã reclamou das tatuagens do Coringa, interpretado por Leto, Ayer assumiu ter exagerado.
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“Sim, eu preciso admitir quanto a isso. Foi um passo longe demais”, escreveu Ayer
Um novo filme do Esquadrão Suicida está sendo reformulado, dirigido por James Gunn. A produção tem a estreia prevista para 6 de agosto de 2021. Ele contará com alguns membros do elenco original, mas sem Leto.