Episódio cinco de Falcão e o Soldado Invernal levantou questionamentos sobre a quem pertence o escudo
[Atenção: contém spoilers do 5° episódio da 1ª temporada de Falcão e o Soldado Invernal]
No final de Vingadores: Ultimato (2019), Steve Rogers (Chris Evans) quis passar o legado para o amigo Sam Wilson (Anthony Mackie). No entanto, o herói não aceitou a responsabilidade. Agora com um novo Capitão América, o quinto episódio de Falcão e o Soldado Invernal levantou um questionamento: quem é o verdadeiro dono do escudo?
De acordo com Screenrant, apesar de pertencer originalmente a Rogers, o escudo passou por diversos donos desde a criação em 1945. Em Capitão América: Guerra Civil (2016), é deixado para Tony Stark (Robert Downey Jr.), após o Homem de Ferro acusar o Capitão de não ser digno do equipamento. Stark o guardou por sete anos e devolveu a Rogers em Vingadores: Ultimato.
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Apesar de ser destruído por Thanos durante a batalha final, Rogers consegue viajar no tempo para recuperá-lo e só então entregá-lo para Wilson. No entanto, como mostrado em Falcão e o Soldado Invernal, ele não aceita assumir o cargo de novo Capitão América e o entrega para o governo dos Estados Unidos.
Quando John Walker (Wyatt Russell) é nomeado o novo Capitão América na série do Disney+, automaticamente ele recebe a posse do escudo. Mas, após matar um super soldado em praça pública, SamWilson e Bucky Barnes (Sebastian Stan) o impedem de continuar com o item e o Falcão o leva de volta aos EUA.
Em uma das cenas do episódio "Verdade", a condessa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfuss) faz uma importante revelação sobre o escudo. "Aqui está um pequeno segredo sujo de Estado: não pertence realmente ao governo. É uma espécie de área cinzenta legal," diz.
A fala refutaria a afirmação de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) em Capitão América: Guerra Civil, quando diz para Rogers que "tecnicamente, é propriedade do governo. As asas [de Sam Wilson] também."
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Seguindo a lógica de que o escudo pertence a quem for o Capitão América e essa figura é posse dos EUA, faz sentido o escudo ser do governo. No entanto, Walker foi retirado da função. Como o equipamento agora está na posse de Sam Wilson (Anthony Mackie), ele é o dono atual. E caso o governo concorde, provavelmente se tornará o novo Capitão América no último episódio de Falcão e o Soldado Invernal.
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No começo de cada ano, um objetivo: ler mais livros. Responsabilidades e prioridades interferem no dia a dia e as histórias ficam para trás. No entanto, é possível consumir bons contos sem recorrer a Ulysses (1922), de James Joyce ou Guerra e Paz (1867), de Tolstói. Bons livros podem vir em pequenas doses, e serem aproveitados naquele fim de semana separado especialmente para isso.
Selecionamos uma lista de seis livros curtos, mas ótimos, do clássico ao contemporâneo para ler em um dia:
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O Velho e o Mar - Ernest Hemingway (1952)
Depois de 84 dias sem pescar nada, o velho Santiago consegue fisgar um marlim gigante, o maior peixe que já viu. Passa três dias lutando contra o animal ao tentar trazê-lo para a praia, quer provar como ainda é um bom pescador, apesar da velha idade.
Durante o embate entre ele e o peixe, um monólogo interior de Santiago começa. Junto dele, vêm as dores, machucados, dúvidas e dificuldades para domar o peixe. Quando finalmente consegue, outro obstáculo aparece no caminho.
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O Velho e o Mar é um retrato do tempo do autor em Cuba e se tornou um clássico da literatura contemporânea. Após a publicação, Hemingway recebeu o prêmio Nobel de Literatura.
As Cidades Invisíveis - Ítalo Calvino (1972)
Inspirado por Shakespeare e Hemingway, Calvino traz uma mistura entre realidade e ficção. Esse livro de menos de 200 páginas é uma conversa entre duas figuras históricas: Marco Polo, viajante veneziano, e Kublai Khan, governante do Império Mongol do Século XI.
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Nessa rede de textos curtos, Marco Polo descreve diversas cidades do império do conquistador pelas quais teria passado. Calvino explora o conceito de cidade e aspectos como memória, símbolos, nomes e desejos.
Não é uma narrativa histórica, é bastante ficcional, com anacronismos e reflexões filosóficas. É uma boa pedida para fãs da escrita de Calvino, a leitura parece a descrição de um sonho.
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A Filha Perdida - Elena Ferrante (2006)
Autora da Tetralogia Napolitana, Elena Ferrante conquistou leitores ao redor do mundo com o retrato cru e comovente da Itália. Nesta história, Leda começa aliviada por poder passar as férias sozinha, longe das filhas e das responsabilidades da maternidade.
Viaja ao litoral italiano e conhece Nina, mãe de Elena, quem, por sua vez, é mãe de uma boneca. Torna-se obcecada por elas. Angústias e segredos do passado começam a despertar.
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A Filha Perdida fala de maternidade, amizade, disputa feminina e conflitos entre gerações, temas comuns na obra da autora. Para quem tem curiosidade de conhecer a escrita envolvente e cativante de Ferrante, mas não quer encarar a série de quatro livros, é a escolha perfeita.
A Morte de Ivan Ilitch - Liev Tolstoi (1886)
O livro começa no funeral de Ivan Ilitch. Não é spoiler, o título revela. Depois, ao longo da novela, voltamos para acompanhar sua vida e carreira de maneira cronológica. Juiz de vida abastada, descobre uma doença terminal na Rússia do Século XIX. A partir de então, passa a refletir sobre a existência.
Em menos de 100 páginas, o escritor criou uma história de partir o coração. É uma das obras mais famosas de Tolstói e uma boa alternativa para quem quer começar os autores russos por livros mais curtos e acessíveis.
O bem-amado - Dias Gomes (1962)
Para quem gosta de teatro, essa peça é para dar altas risadas. O Coronel Odorico Paraguaçu é prefeito de uma cidade pequenininha chamada Sucupira e a personificação caricata da política brasileira.
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O objetivo de Odorico para ajudar na campanha política é inaugurar um cemitério. No entanto, um problema: precisa providenciar um morto em um vilarejo onde ninguém morre. Ora cômico, ora patético, O bem-amado é, acima de tudo, atual.
A Vegetariana - Han Kang (2007)
Dona de casa e mulher completamente banal, Yeonghye decide parar de comer carne abruptamente depois de um sonho. Então, começa a se distanciar da família — cujos poros, segundo ela, cheiravam a carne —, da sociedade e da própria humanidade. Tudo isso acontece em Seul, coração da cultura coreana e sua culinária muito baseada em produtos animais.
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A narrativa de Han Kang é dividida em três partes, cada uma com um narrador diferente, mas nunca a protagonista, mostra apenas como os outros a enxergam. É um livro inusitado, chocante e provocará pensamentos até muito tempo depois do término.