Rage Against the Machine: Fãs ficam chocados ao descobrirem que a banda fala de política

Após show de retorno do Rage Against the Machine, fãs afirmaram: 'Eles eram melhores quando deixavam a política de fora'

Redação

Publicado em 12/07/2022, às 18h45
Zack De La Rocha. (Foto: GettyImage)
Zack De La Rocha. (Foto: GettyImage)

Após o show de retorno do Rage Against the Machine no último sábado, 9, em Wisconsin, Estados Unidos, fãs passaram a criticar a banda pelas mensagens relacionadas ao fim da lei Roe v. Wade, que garantia o direito ao aborto no país, exibidas no telão. No texto dizia:

"(...) Nascimento forçado em um país onde a mortalidade materna é duas a três vezes maior para mulheres negras do que para as brancas. Nascimento forçado em um país onde a violência armada é a principal causa de morte entre crianças e adolescentes. Abortem a Suprema Corte."

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Fãs incomodados com a mensagem foram ao Twitter criticar o grupo. 

Não há nada pior do que pagar para assistir a um show e receber uma aula sobre as crenças políticas da banda."

No Facebook, um dos usuários afirmou que a banda havia “entrado pra turma da lacração”, enquanto outro escreveu que “eles realmente eram melhores quando deixavam a política de fora”. (via TMDQA)


Quando a banda não falava de política

Rage Against the Machine  foi formado em 1991 em Los Angeles por Zack de la Rocha (vocal), Tim Commerford (baixo), e o guitarrista Tom Morello.

Inspirado pela herança mexicana e a xenofobia vivida pelos integrantes, o grupo nasceu com letras de protesto, seus membros participam frequentemente de protestos políticos e outros ativismos. O Rage Against the Machine inclusive usa o símbolo do Exército Zapatista de Libertação Nacional, grupo mexicano de guerrilha formado por indígenas. A banda não quer esconder suas posições políticas, conforme De la Rocha explica em citação:

 "Estou interessado em divulgar essas ideias através da arte, porque a música tem o poder de cruzar fronteiras, romper cercos militares e estabelecer diálogos reais."

Tom Morello: Justiça para Marielle

Em 2018, o guitarrista Tom Morello fez dois shows gratuitos no Brasil. Nas apresentações, Morello tocou 13 músicas. Em determinado momento do show em Porto Alegre, o músico levantou sua guitarra para revelar a frase “Justiça para Marielle”, referindo-se ao assassinato da vereadora carioca, na época com apenas seis meses de acontecido.


Retorno

A turnê Public Announcement Tour, que deveria ter começado em março de 2020, mas acabou adiada devido à pandemia de Covid-19, marca o retorno do grupo aos palcos. A banda ainda passa por Chicago antes de embarcar para a Europa. Ao todo, serão 16 apresentações entre este ano e o próximo.