Sob chuva constante, banda tocou para público relativamente numeroso
Mesmo sendo a primeira banda a tocar no palco Energia nesta segunda, 14, e sob uma garoa forte e ininterrupta, o Raimundos (ou o que restou dele) conseguiu um bom público no SWU. A banda, que tem apenas Digão e Canisso da formação original, começou o show por volta das 14h, dando início ao último dia de festival, com programação mais voltada ao rock (Alice in Chains, Megadeth e Faith No More estão entre as atrações).
O repertório só empolga mesmo com músicas mais antigas da banda - a sequência "Palhas do Coqueiro" e "Nêga Jurema" teve mais braços levantados ao ar que "Mulher de Fases", por exemplo, faixa do último disco de estúdio da banda com Rodolfo Abrantes nos vocais. Mesmo sem ter produzido nada muito relevante nos últimos anos, o público ainda tem uma espécie de "memória afetiva" em relação à banda, e se deixa levar pelos momentos de interação com Digão. O guitarrista e vocalista conversa com o público entre uma faixa e outra, como antes de "Puteiro em João Pessoa": "Quando a gente já cansou de levar tocos e de resolver na mão, para onde a gente vai?"
Digão incitou rodas de pogo - e houve gente que se animou, embora não tão intensamente quanto desejado pelo vocalista (a certa altura, ele pediu o público mostrasse às câmeras "a maior roda que eles já viram", mas o resultado ficou longe disso).
No final, depois de "Liberdade de Expressão", Digão fez citação a "Fogo na Bomba", do De Menos Crime, e ainda aproveitou para agradecer aos integrantes do grupo e a Eduardo Fischer, organizador do SWU, "por acreditar".