“Um dos grandes problemas de celebridades é que elas escolhem fazer terapia particular. Isso não funciona", disse médico britânico que teve contato com a cantora
De acordo com um médico do Hospital Royal Free, em Londres, Amy Winehouse se negou a se tratar no local por conta conta de sua dependência química. "Ela foi até o hospital, e foi encaminhada para nós, mas ela recusou o tratamento", disse Ash Medforth - que, por acaso, também morava perto da casa de Amy - em entrevista à Rolling Stone EUA. "No meu relatório no hospital, é dito que se ela não recebesse ajuda do Estado, ajuda psicológica, seria improvável que ela chegasse aos 28 anos."
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Medforth acrescenta: "Um dos grandes problemas [de celebridades como Amy Winehouse] é que elas escolhem fazer terapia particular. Isso não funciona - como terapeuta, você não pode aceitar que alguém venha e te pague [pela terapia]. Ofereceram a ela muitos tratamentos, e ela escolheu ir para a clínica Priory porque basicamente ela poderia escolher sua própria terapia. Esse foi o grande problema... ela pagou pela terapia para que dissessem a ela o que ela queria".
Amy Winehouse esteve em diversas clínicas de reabilitação durante os últimos seis anos, mas raramente ficava internada por muito tempo, e costumava voltar a usar drogas pouco depois de sair do tratamento. Segundo Mitch Winehouse, pai da cantora, Amy chegou a ser diagnosticada com enfisema pulmonar devido ao uso abusivo de crack e cigarros.
Com reportagem de Chiara Atik, de Londres
Amy foi encontrada morta no último sábado, 23. A autópsia da cantora, realizada nesta segunda, 25, foi "inconclusiva" para determinar a causa da morte, que só deve ser revelada daqui a duas ou quatro semanas, quando sairão os resultados de exames toxicológicos. Saiba mais sobre a morte de Amy clicando nos links abaixo.