Em 1991, Pedro Bial era correspondente internacional em Londres e cobriu a morte de Freddie Mercury da frente da mansão do vocalista do Queen
"Depois de anunciar que estava com AIDS, o líder do grupo Queen deixa uma das maiores fortunas da música e milhares de fãs por todo o mundo," anunciou o jovem âncora William Bonner no Jornal Nacional, em 25 de novembro de 1991, um dia após a morte de Freddie Mercury.
Na época, entre o final da década de 1980 e início da de 1990, o jornalista Pedro Bial morava em Londres, Inglaterra, e era correspondente internacional da TV Globo. Ao ser informado da morte do vocalista do Queen, o brasileiro rumou com a equipe de cinegrafistas para a frente da mansão onde Freddie Mercury morava, na zona oeste da cidade, para fazer a reportagem.
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"Uvas, panetones e lágrimas: presentes de despedida dos fãs na porta da mansão onde Freddie Mercury morreu ontem à noite ao lado do pai e da mãe", disse Pedro Bial no início do texto enquanto imagens de fãs inconsolados, chorando e deixando mimos na porta da casa do astro eram mostradas.
Na matéria de pouco mais de três minutos, as últimas aparições públicas de Freddie Mercury foram exibidas em imagens - com o astro já bem abatido fisicamente por causa da doença - e algumas informações recentes sobre o cantor foram dadas, como as de sua última entrevista.
Na sua última entrevista, o superstar multimilionário disse sofrer da mais terrível forma de solidão: ele podia comprar tudo no mundo, menos o que mais desejava; uma relação amorosa estável", narrou o jornalista brasileiro.
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O final emocionante ficou por conta de cenas do show do Queen no Rock In Rio. "Para nós, vai ficar a imagem daquela noite no Rock in Rio, em 1985. O Brasil cantou junto com Freddie Mercury "Love of My Life" [Amor da Minha Vida], um dos sucessos do homem que morreu se queixando de uma vida sem amor," concluiu Pedro Bial.
Freddie Mercury faleceu aos 45 anos em 24 de novembro de 1991, vítima de uma broncopneumonia acarretada pela AIDS, um dia após ter assumido a doença publicamente.
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Assista à reportagem completa que foi ao ar no dia 25 de novembro de 1991:
+++ LAGUM | MELHORES DE TODOS OS TEMPOS EM 1 MINUTO | ROLLING STONE BRASIL
No dia 5 de abril de 1994, o lendário e inesquecível vocalista do Nirvana, Kurt Cobain, se suicidou aos 27 anos com um tiro na cabeça em Seattle, Washington, Estados Unidos. Desde então, deixou saudades eternas.
Marco para o grunge, músico fascinante, artista memorável e um dos principais nomes da música, Kurt Cobain fez história ao longo da carreira, principalmente acompanhado do Nirvana.
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As canções compostas pelo vocalista para o grupo relembram o quão importante e fantástico ele foi para a história da música. Faixas impecáveis como "Come As You Are", "All Apologies" e "Drain You" dificilmente serão esquecidas.
Para relembrar a grandiosidade do lado artístico de Kurt Cobain com o Nirvana, a Rolling Stone EUA listou as 6 melhores músicas da carreira do vocalista com a banda. Confira a lista:
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6 - All Apologies
Uma grande canção da discografia da banda, "All Apologies" apareceu originalmente no disco In Utero (1993). No entanto, a versão mais lembrada, e possivelmente querida pelo público, é a gravação de novembro de 1993 para o MTV Unplugged.
5 - Drain You
O Nirvana escreveu muitas das canções do Nevermind (1991) antes de gravar o disco, mas a Rolling Stone EUA lembra que "Drain You" foi composta durante as sessões. Kurt Cobain nunca revelou quem inspirou a canção de amor, porém, foi escrita apenas três meses após ele conhecer Courtney Love.
Com certa frequência, Kurt afirmava ser uma das músicas favoritas dele da discografia da banda, e eles a tocaram basicamente em todos os shows nos últimos três anos de atividade enquanto grupo.
"Penso que há tantas outras canções que escrevi e são tão boas [como 'Smells Like Teen Spirit']. Como 'Drain You'. Eu amo a letra e nunca me canso de tocá-la. Talvez se fosse tão grande quanto 'Teen Spirit', eu não gostaria tanto", contou à Rolling Stone em 1993.
4 - Come As You Are
Kurt Cobain era um grande fã dos Pixies e nunca escondeu isso. Muitas vezes, o músico recorria ao método de composição usado pela banda. "Estou ficando tão cansado dessa fórmula. Nós dominamos isso", disse à Rolling Stone em 1993.
Segundo a Rolling Stone EUA, porém, um dos melhores exemplos da fórmula é "Come As You Are", o segundo single de Nevermind(1991). Para a RS EUA, a versão do Unplugged é particularmente poderosa, e o refrão continua assustador.
3 - Heart-Shaped Box
Em uma entrevista de 1994 à Rolling Stone,Courtney Love lembrou-se de ter ouvido o processo de composição de "Heart-Shaped Box": "Tínhamos um armário enorme. E eu o ouvi lá trabalhando em 'Heart-Shaped Box'. Ele fez isso em cinco minutos."
Kurt Cobain começou a trabalhar na música no início de 1992, e a canção foi a escolhida como primeiro single de In Utero(1993). A Rolling Stone EUA lembra que o disco foi produzido por Steve Albini, e a gravadora temeu não ser comercial o suficiente, e Scott Litt foi chamado para remixar a faixa.
2 - Smells Like Teen Spirit
"Smells Like Teen Spirit" foi a canção que trouxe toda a atenção mundial para o Nirvanae deu início a uma nova era da música - e é um dos principais hits da história. "Eu estava tentando escrever uma música pop", disse o vocalista à Rolling Stone em 1993.
"Todo mundo se concentrou tanto nessa música e o motivo pelo qual ela teve uma grande reação é que as pessoas a viram na MTV um milhão de vezes", contou o artista na mesma entrevista.
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1 - Lithium
Não, a Rolling Stone EUA não escolheu "Smells Like Teen Spirit" para o primeiro lugar deste ranking. Segundo a revista, o terceiro single de Nevermind(1991) merece a colocação.
"Lithium" é uma música sobre um cara que passa a se dedicar à religião depois da morte da namorada. Isso o acalma, muito parecido com uma dose de lítio real. É uma incrível música e um dos principais destaques na discografia do Nirvana.
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