Para os críticos, o disco possui altos e baixos, mas consegue trazer novamente certo encanto para banda
Após sete anos de pausa e trabalhos paralelos dos integrantes, o The Strokes lançou o aguardado sexto disco da banda, The New Abnormalnesta sexta-feira, 10 de abril. O lançamento sucede a divulgação dos singles “At The Door”, “Bad Decisions” e “Brooklyn Bridge To Chorus”, os quais deram uma prévia das diferentes dimensões do álbum.
De acordo com a crítica especializada, os músicos nova-iorquinos deram continuidade ao tom nostálgico dos anos 1980, que já acompanhava as faixas do último disco, Comedown Machine, e tentaram trazer novos elementos sem perder a indiferença essencial da banda. E o resultado foi um som familiar ao público capaz de reacender o charme descompromissado da banda.
O The Guardian elogiou a canção de abertura do disco “The Adults Are Talking” junto com todas as texturas de guitarras que aparecem ao longo das faixas acompanhadas pelos vocais elásticos de Julian Casablancas. Contudo, para o jornal, a obra do Strokes desmorona aos poucos.
“O que começa com o um pop tenso e envolvente, eventualmente cede. O synth-pop de ‘At The Door’ é triste, enquanto ‘Ode to the Mets’ oferece um final decididamente nada espetacular. É o tipo de queda de qualidade que sugere que a velha indiferença morre rápido, mas certamente não é a história toda: The New Anormal prova que, quando eles se dedicam a isso, essa velha magia ainda está ao alcance dos Strokes”.
Por outro lado, a NME destacou o experimento dos músicos por novos caminhos, que, às vezes, soam divertidamente familiares. Para eles, The New Abnormal é a prova que os integrantes ainda dominam a arte de fazer riffs.
Já a Pitchfork deu nota 5.7 para o disco e concluiu que o nenhuma das nove músicas têm potencial para ser tornarem as favoritas dos fãs. Como se estivessem em uma longa ressaca, os músicos precisaram recorrer às melodias de “Dancing With Myself”, clássico de Billy Idol, em “Bad Decisions” e “The Ghost in You”, do Psychedelic Furs, em “Eternal Summer”.
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Apesar de resumir as composições ao um “som de fundo” e apontar a tentativa de Casablancas em metalizar o som do Strokes como faz com o Voidz, a Pitchfork destacou o ponto alto do disco, “Ode To The Mets”, que parece levar a banda pelo caminho certo junto com os falsetes aprimorados do vocalista.
“Uma leitura generosa é que é um estilo nunca explorado antes: levar as músicas ao limite, mantendo um estado de zen na interação com as máquinas [...] E os melhores momentos em The New Abnormal, como ‘Ode To The Mets’, parecem dar um passo na direção certa. Quando tudo se encaixa, é como ver uma velha máquina de pinball acender, um nível de cada vez”.
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