Artista que teve o melhor disco de 2017 com 'Galanga Livre', na eleição da Rolling Stone Brasil, prepara um novo álbum e reflete sobre o início da carreira
Rincon Sapiência lembra até hoje do momento no qual entrou na sala de aula, quando ainda era um gurizinho da pré-escola, e viu uma reunião de professores em torno de um desenho feito por ele na lousa.
Ali ele "desenhado" o próprio nome, Danilo, e a imagem de um leão copiada de um pano de prato que estava sempre pendurado na cozinha da sua casa, na Cohab 1, na Zona Leste em São Paulo.
Foi o irmão mais velho quem ensinou o pequenino Danilo a desenhar o próprio nome - e ainda antes de ser alfabetizado, o menino já parecia saber os caminhos pelas palavras. Chegou à 1ª série, por exemplo, sabendo ler e escrever algumas palavras.
"Nunca passei fome, nem frio, mas pela minha origem humilde, eu não tinha brinquedos como carrinhos, bonecos de Comandos em Ação, coisa assim. Então, gostava mesmo era de desenhar", conta Rincon, em entrevista exclusiva à Rolling Stone Brasil.
Rincon Sapiência, hoje com 33 anos, vê que a relação muito próxima às palavras, mesmo quando ainda não conseguia lê-las, mas era capaz de desenhá-las, o levou para os caminhos hoje percorridos no hip hop.
"Depois que fui trabalhar com música percebi que muito do que as pessoas falam sobre mim, sobre ter uma boa paleta de palavras, vem diretamente dessa construção que eu tive na infância", ele conta.
Pois Danilo virou Rincon Sapiência, também conhecido como Manicongo. Em 2017, Rincon soltou Galanga Livre, disco eleito pela Rolling Stone Brasil como o melhor trabalho nacional lançado naquele ano.
Em 2018, Rincon se dedicou à parcerias, colaborando em músicas com artistas do pop, fun e indie. Na lista de colaborações, estão nomes como Rubel, IZA, MC Pedrinho, Viegas, Janine Mathias, Marcelo D2, Devasto Prod, Attooxxá e Amanda Magalhães. Com isso, ele ganhou a alcunha de Rei dos Feat, também pela Rolling Stone Brasil.
Na nova Entrevista Rolling Stone, publicada nesta quarta-feira, 22, no canal da RS Brasil no YouTube, o rapper relembrou a infância, os tempos nos quais jogava futebol nas categorias de base na Portuguesa, a criação de um solo próprio, o MGoma, e a aproximação do rap com outros estilos musicais.
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