Riz Ahmed, de O Som do Silêncio, falou da própria experiência com racismo como um homem muçulmano
Riz Ahmed, indicado ao Oscar de Melhor Ator por O Som do Silêncio (2019), publicou um vídeo em seu canal do Youtube pedindo uma mudança urgente na "representação tóxica" dos muçulmanos no cinema e, mais especificamente, em Hollywood. As informações são do NME.
No discurso, comentou sobre a falta de representatividade, o racismo nos filmes de Hollywood e a própria experiência como um homem muçulmano. Sobre o reconhecimento recebido no Oscar 2021, descreveu a sensação como "agridoce," enxergou o triunfo como duvidoso. "Recebi com uma gratidão pessoal... Também senti uma tristeza imensa."
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Ahmed foi o primeiro homem muçulmano a ser indicado na categoria, e questionou o fato. "Somos 1.6 bilhões, um quarto da população mundial, como nunca estivemos nesta posição antes?"
Para o ator, filmes como Guerra ao Terror (2008) e Argo (2012), ambos ganhadores do Oscar, são "francamente racistas." Ahmed explicou dizendo que tratam os personagens muçulmanos como se não fossem humanos, como "agressores ou vítimas de violência, indignos de empatia ou incapazes de praticá-la."
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Para incentivar a mudança, o ator lançou a iniciativa Blueprint for Muslim Inclusion (Projeto para Inclusão Muçulmana, em tradução livre), de financiamento e mentoria para artistas e contadores de histórias no começo de carreira. O comitê inclui os atores Mahershala Ali(Moonlight) e Ramy Youssef(Mr. Robot).
"A representação dos muçulmanos nas telas alimenta as políticas públicas que são decretadas, as pessoas assassinadas e os países invadidos," afirmou Ahmed no site do projeto.
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